Arquitetura educativa, do séc. 20. Escola integrada no projeto - tipo Douro, de Rogério de Azevedo, de quatro salas de aula, retangulares, rasgadas por três amplos vãos, gabinetes, cantina e casas de banho. Recreio coberto e uma ampla área descoberta pontuada por árvores de grande porte e espaços ajardinados. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com pedras de cantaria de granito à vista, distribuídas de forma irregular; fachada principal enquadrada por chaminés, coroadas por esfera armilar e cata-vento de metal; portal principal em arco de volta perfeita, emoldurada por largas aduelas de cantaria de granítica.
Planta retangular, de dois pisos, composta por quatro salas de aula, vestíbulos, sanitários, cantina e recreio coberto. Volumes articulados, de desenvolvimento horizontal, com coberturas escalonados, em telhados de três águas no edifício principal e cobertura plana nos sanitários e recreio coberto. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, pontuadas por pedras de cantaria de granito à vista dispostas de forma irregular, percorridas por embasamento estreito, rematadas por cornija de betão e beirada simples. Fachada principal orientada a NE, desenvolvida assimetricamente, em três panos e enquadrada por par de chaminés, sensivelmente salientes, sobrelevadas, rebocadas e pintadas de branco, pontuadas por pedras graníticas dispostas de forma irregular, tendo a da direita a face principal revestida a pedra granítica, rematadas em telhado de quatro águas, coroadas por esfera armilar e cata-vento, em ferro. Pano lateral esquerdo rasgado, em cada um dos pisos, por três amplos vãos retangulares de igual dimensão, intercalados por fiadas de cantaria, com as juntas pintadas de branco, interligadas por friso inferior e superior, com caixilharias metálicas pintadas de verde. Pano central rasgado ao nível do primeiro piso por amplo portal em arco de volta perfeita, enquadrado por moldura de cantaria granítica, saliente, de aduelas largas e bordo exterior saliente, assente na zona inferior, em plintos de cantaria volutados; o segundo piso, é marcado por janela retangular, jacente, tendo inferior e superiormente cornija reta, a última atravessada, na parte central, por plinto prismático que sustenta mastro de bandeira. Pano lateral direito, cego. Alçados laterais assimétricos, sendo o lateral esquerdo rasgado por duas composições, de três vãos retangulares simétricos em cada composição, correspondendo uma a cada piso, e o lateral direito, cego. Ao alçado posterior foi adossada uma ampliação recente que agrupa os sanitários e cantina. O espaço destinado a recreio descoberto foi recentemente coberto por placas opacas e translúcidas dispostas alternadamente. INTERIOR rebocado e pintado, com quatro salas de aula, duas em cada piso, cantina, gabinete e vestíbulos, com portas de verga reta. O acesso ao segundo piso é efetuado por escadas de madeira.
Materiais
Alvenaria rebocada e pintada; embasamento, peitoris, molduras dos vãos e outros elementos em cantaria de granito à vista; portas e caixilharias de alumínio; vidro simples; pavimentos de granito, madeira e cerâmica; cobertura de telha.
Observações
*1 - Arquitecto português, nasceu em 1898, formou-se em arquitectura civil pela Escola de Belas Artes do Porto. Em 1930, foi incumbido, pelo Ministro Duarte Pacheco, pela elaboração de projectos regionalizados para edifícios-tipo de escolas primárias a construir nas regiões Centro e Norte de Portugal. Em 1933 Rogério de Azevedo é contratado para trabalhar na Direcção Geral de Edifícios e Monumentos do Norte, tendo acompanhado a construção de uma grande parte dos edifícios escolares de cujos projectos era autor. Para além destes projectos, autor de inúmeras obras de projecção arquitectónica, quer enquanto trabalhador da DGEMN como por exemplo o restauro do Paços dos Duques de Bragança, em Guimarães (v. PT010308340013), como em nome individual, com referência por exemplo para o Edifício e garagem do Jornal O Comércio do Porto (v. PT011312120382).
