Igreja paroquial reconstruída entre 1909 e 1918, em linguagem revivalista mas seguindo a estrutura de três naves e fachada tripartida da anterior igreja, construída no início do séc. 19, sobre uma capela setecentista. Apresenta planta de três naves, interiormente com iluminação axial e bilateral. A fachada principal tem três panos definidos por pilastras firmados por pináculos, e termina em frontão triangular interrompido pelo pano central, mais elevado, ele próprio terminado em frontão. Cada pano é rasgado por vãos em eixo, formado por portal de linguagem neo-barroca, com arco abatido entre pilastras que suportam cornija contracurva, e janela de linguagem revivalista, em arco apontado sobre pilastra convexa, que no pano central é geminada e ainda encimada por óculo. O corpo do batistério, à esquerda, tem dois pisos, e a torre sineira, à direita, mais alta que o templo, tem dois registos, o inferior seccionado, rasgado por óculos recortados com vieira ou em forma de coração invertido, e o segundo com ventanas em arco de volta perfeita, rematando em balaustrada. Nas fachadas laterais rasgam-se, na nave, janelas e porta travessa de arco apontado sobre pilastras convexas.
Planta poligonal composta por três naves, capela-mor, tendo adossado lateral e posteriormente vários corpos retangulares, batistério à esquerda e torre sineira quadrangular à direita, de volumes articulados e escalonados, com coberturas diferenciadas em telhados de duas, três e quatro águas, rematadas em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, de cunhais apilastrados, os da fachada principal firmados por pináculos tipo urna sobre plintos paralelepipédicos. Fachada principal virada a norte, percorrida por soco de cantaria, de três panos e terminada em frontão triangular, interrompido ao centro pelo alteamento do pano central que, por sua vez, também termina em frontão triangular, com o tímpano decorado com elementos vegetalistas em cantaria, e coroado por cruz latina em ferro sobre acrotério volutado. Cada um dos panos, seccionado por fina cornija, é rasgado por eixo de vãos; no pano central é formado por portal em arco abatido, sobre mísulas, entre pilastras suportando cornija contracurva, janela de varandim geminada, com arco apontado sobre pilastras convexas e guarda em ferro, encimadas por pináculo, e relógio circular. Nos eixos laterais abrem-se portal de igual modinatura, mas mais pequeno, e janela de arco apontado sobre pilastras convexas, com guarda em ferro. À esquerda, dispõe-se o corpo do batistério, sensivelmente recuado, com dois pisos, rasgados por janelas retilíneas interligadas e separadas por cornija, tendo a do piso inferior pano de peito em cantaria. No lado direito, a torre sineira tem dois registos definidos por friso e cornija, o inferior seccionado por fina cornija no terço superior e rasgado por óculo recortado, rematado por vieira, e o superior, em cada uma das faces, por ventanas de volta perfeita, assentes em pilastras, albergando sino e com pano de peito em alvenaria rebocada e pintada. A estrutura remata em friso, cornija e balaustrada, com pináculos tipo urna nos ângulos sobre acrotérios paralelepipédicos. Nas fachadas laterais abrem-se, na nave, janelas em arco apontado e porta travessa de igual modinatura. Na lateral esquerda, o corpo do batistério é rasgado, no segundo piso, por janela de varandim, retilínea, com a moldura enrolando inferiormente. O corpo adossado, igualmente de dois pisos, é rasgado por janelas de peitoril simples no piso térreo e, no segundo, por janelas de varandim iguais à do batistério. Na fachada lateral direita, a torre é rasgada no primeiro registo por óculo igual ao da frontaria e por um outro, descentrado, em coração invertido; superiormente, integra relógio circular. O corpo adossado é rasgado por janela retilínea.
Materiais
Estrutura em alvenaria de pedra rebocada e caiada; soco, pilastras, frisos, cornijas, molduras dos vãos, pináculos e cruz em cantaria aparente; portas e caixilharia de madeira; vidros simples; cobertura de telha.
Observações
EM ESTUDO.