Conjunto arquitetónico residencial multifamiliar. Habitação económica de promoção pública estatal (FFH). Bairro composto por diversos conjuntos residenciais de média e alta densidade, destinados a habitação e edifícios de equipamento público, integrado em área urbana sujeita a plano de urbanização desenvolvido nas décadas de 1960 e 1970. Traçado urbano planeado sem formar tecido estruturado por quarteirões, mas dependente da relação recíproca entre a estrutura viária e os ritmos criados pela implantação dos grupos de edifícios, por vezes articulados entre si por galerias. Edifícios, de 5 a 16 pisos, de tipologia habitacional nos pisos superiores e não habitacional em alguns pisos térreos. O lote 248 integra uma pequena área de galerias comerciais.
O Bairro dos Lóios, antiga zona N2 de Chelas, é constituído por 56 edifícios organizados através de traçado orgânico planeado, fracionados em 1.725 fogos utilizados por cerca de 6.900 habitantes, originando uma densidade de 197 hab./ha. Originalmente esta área encontrava-se limitada a Norte pela 2ª circular (o seu traçado foi alterado sendo atualmente a Avenida Marechal Gomes da Costa) a Poente pelo Parque Oriental da cidade e pela Zona N1, a Sul pela Zona N1 e a Nascente pela Via Central de Chelas, atualmente Avenida do Santo Condestável. O terreno da Zona N2 é constituído por encostas de declive suave, mas a poente atinge declives próximos de 20%. Com exceção de algumas zonas, apresenta maioritariamente uma exposição favorável aos quadrantes sul, nascente e poente. Excetuando a Quinta da Graça (v. PT031106211654) e a Quinta das Teresinhas (onde atualmente se localiza o Colégio Valsassina) e algumas instalações agrícolas antigas, esta área encontrava-se na generalidade livre de edificações, sendo diminuta a existência de barracas e construções clandestinas. O Plano de Urbanização de Chelas de 1965, previa para o conjunto das Zonas N1 e N2 e para uma área total de 54 ha: 2500 fogos, 12000 habitantes, 5 escolas pré primárias, 2 escolas primárias, 1 centro de ação social, 1 creche infantário, 1 igreja, 65 lojas, 1 mercado e 6 ha de áreas livres, jardins urbanos e parques de desporto e recreio. A revisão geral do plano, tendo como objetivo principal o aumento da capacidade habitacional da zona, estabelece o seguinte programa para a zona N2 de Chelas, referente a uma área total de 37,14 ha: 1763 fogos, 7925 habitantes, 3 escolas pré primárias, 1 escola primária. Estava também prevista uma zona linear de atravessamento ligando a Zona N2 às zonas I1 e N1, que atualmente se verifica. A distribuição das massas edificadas foi condicionada pela topografia, insolação e vistas, no entanto, procurou-se dar uma marcação volumétrica a esta zona, aproveitando o facto de se implantar nas cotas mais altas de Chelas. O bairro, organizado em forma de "U" invertido, é composto maioritariamente por edifícios de grande cércea, dispostos em continuidade em relação à principal via de acesso, rua Luís Cristino da Silva. São de destacar os lotes 222 a 229 conhecidos por "Pantera" ou "Pantera Cor-de-Rosa" (v. PT031106211627), e os lotes 249 a 253 denominados por os "Cinco Dedos" ou "Dedos" (v. PT031106211628). Estes edifícios, pelo tipo de arquitetura que apresentam, fundos vazados, galerias de acesso, zonas comuns de passagem estreitas e escuras, levantaram algumas questões de segurança. Nesse âmbito foi pedido aos projetistas originais a resolução desses problemas. Assim, em 1989, o projeto de recuperação de fundos vazados origina várias frações, nomeadamente: lojas - entre os lotes 253/252 e 250/249 (duas no 1º piso e duas no 2º piso), entre os lotes 251/250 (um duplex), entre os lotes 252/251 (um duplex), nos lotes nºs 221, 223 e 224 (sete ampliações de lojas existentes); armazéns - lote 227 (três ampliações de armazéns existentes), lote 228 (uma correção de pequeno armazém existente). Entre os principais equipamentos existentes destacam-se a Escola Básica do 1º ciclo, nº 9, dos Lóios, a Escola Básica dos 2º e 3º ciclos de Damião de Góis e o Colégio Valsassina (ensino privado) ocupando o interior do espaço delimitado pelos edifícios de habitação. No piso térreo do lote 247 existe um pequeno centro comercial, com alguns problemas de segurança devido à sua localização no interior de um quarteirão, onde algumas lojas ainda permanecem abertas ao público.
Materiais
Betão armado, tijolo cerâmico, argamassa de cimento, telha cerâmica, tinta plástica, estores em PVC.
Observações
A designação do bairro deriva da antiga Quinta dos Lóios existente no quadrante N. da zona.