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Chafariz do Largo de São Paulo

Chafariz do Largo de São Paulo

O ponto de interesse Chafariz do Largo de São Paulo encontra-se localizado na freguesia de Misericórdia no municipio de Lisboa e no distrito de Lisboa.

Arquitectura infraestrutural, neoclássica. Chafariz urbano, implantado no centro de uma praça, fronteiro à Igreja de São Paulo, ligado ao abastecimento de água da cidade, pelas Águas Livres, do tipo centralizado, com obelisco, composto por vários elementos que o sustentam, ostentando decoração e perfis variados, elevando um pequeno obelisco, rematado pela esfera armilar. Cada uma das faces com uma bica antropomórfica, de perfil clássico, que verte para um tanque semicircular, de perfil galbado e bordo saliente. Apresenta semelhanças com o Chafariz de Santo Amaro, em Beja (v. PT040205130075).

Chafariz em cantaria de calcário liós, assente em plataforma circular de três degraus. É composto por amplo plinto paralelepipédico, que sustenta a base da estrutura, formada por elemento com o mesmo tipo de perfil, tendo os ângulos recortados a 90º e as quatro faces almofadadas, ornadas por botão, assentes e rematadas por friso liso e pequeno toro. Deste, evolui elemento côncavo, prolongando o recorte a 90º dos ângulos, seccionado, ao centro, por anel boleado, criando dois apainelados em cada face, orladas por molduras salientes. Nos apainelados inferiores, surgem, nas faces E., N. e O. as bicas, compostas por elemento côncavo, orlado por folhas de acanto e volutado na base, que centram a cabeça de uma figura jovem e masculina, de boca aberta, por onde saía a água. Os apainelados superiores ostentam inscrições incisas, avivadas a negro, surgindo, na face N., "CHAFARIZ Nº 28", sob a qual aparece uma abertura rectilínea, de acesso ao mecanismo do chafariz, protegido por porta de cantaria; na face S., a inscrição: "CAMARA MUNICIPAL DE LISBOA 1849.", surgindo a palavra Lisboa, em estilo caligráfico, rodeado de elementos sinuosos, aparecendo, na base da inscrição, a indicação de fim da mesma, composta por elementos afrontados, formando acantos estilizados. Esta base côncava serva para sustentar elemento gomeado e convexo, rematado por duplo friso, um liso e outro de acantos clássicos, em vulto, de onde emerge o obelisco, com a base saliente, ornada, na face N., por reserva circular, que enquadra a caravela, símbolo de Lisboa, encimada por laçarias; o obelisco apresenta as faces almofadadas e remata em triglifo e tabuleiro, que sustenta uma esfera armilar metálica. Adossados ao plinto inferior, surge, em cada uma das faces, um tanque de planta semicircular e perfil galbado, com bordo saliente, protegidos por tampas de madeira. Todos os elementos se encontram protegidos por anti-pombos.

Materiais

Estrutura em cantaria de calcário; tampas dos tanques de madeira; esfera armilar em ferro forjado.

Observações

*1 - este encanamento era, talvez, o iniciado no séc. 18 para a condução de água ao futuro chafariz, podendo, também, constituir, um encanamento que se mandou fazer em 4 de Abril de 1499, no sítio de Catequefaraz.