Capela com fachada ladeada por torre sineira, com espaço unificado coberto por tecto em madeira, integração de anexos no espaço reservado à nave, pela abertura de arcos. O rusticado da secção inferior dos cunhais da fachada principal sugere uma construção inicial quinhentista. O portal emprega já cânones clássicos. A torre sineira repete um esquema revivalista, muito utilizado na década de 40 e 50 do séc. 20;
Planta longitudinal composta por 2 rectângulos adossados. Volumes escalonados com cobertura diferenciada em telhados de 1 e 2 águas. Fachada principal virada a O., de pano único enquadrado por cunhais parcialmente rusticados, com empena angular; portal axial de verga arquitravada encimado por janela rectangular; do lado N. encosta-se a torre sineira prismática, rasgada por óculo, com remate em coruchéu e ventanas de arco redondo. Fachada posterior cega, com empena angular, e um painel recente de azulejos com a representação do orago (feito pela Percerâmica e assinado "Leite 1998"). A fachada lateral N. é rasgada por 2 portas, a fachada lateral S. por 1 janela. No INTERIOR um espaço único, compreendendo a nave e o presbitério, coberto por tecto em madeira de 3 planos longitudinais; a parede lateral N. é rasgada por 2 arcos que estabelecem a comunicação com um corpo lateral, com as mesmas dimensões da nave, coberto por tecto de madeira de 1 plano; a sacristia ocupa o espaço deste corpo lateral, ao lado do presbitério. Um silhar de azulejos recentes, de padrão polícromo neo-seiscentista, cobre as paredes.
Materiais
Estrutura em alvenaria de pedra e tijolo, rebocada e caiada. Cantaria em molduras. Telha cerâmica. Azulejos em revestimentos internos. Pavimento em madeira.
Observações
(1) Em 1760 a capela tinha apenas um altar dedicado a Santo Estêvão. (2) Na freguesia existiam ainda, além da igreja paroquial, 4 ermidas, uma no lugar de Moreiras Grandes, com um altar dedicado a Nossa Senhora da Conceição, instituída pelo capitão António Gonçalves, das Moreiras Grandes e administrada por Ana Maria, dos Vargos; outra no lugar de Fungalvaz, com um altar dedicado a Nossa Senhora da Graça; outra no Carvalhal do Pombo com um altar dedicado a São João Baptista; finalmente uma no lugar do Outeiro Pequeno, com um altar dedicado a São João Baptista.