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Fontanário do Largo António Nobre

Fontanário do Largo António Nobre

O ponto de interesse Fontanário do Largo António Nobre encontra-se localizado na freguesia de Funchal (Sé) no municipio de Funchal e no distrito de Ilha da Madeira (Madeira).

Fontanário de espaldar neoclássico, de meados do séc. 19, revestido a painéis de azulejos azuis e brancos, obtidos por processos mecânicos sobre fotografias, e três nichos centrais.

Espaldar de planta semicircular, com uma massa volumétrica horizontal rematada superiormente por grade de ferro assente em cornija de cantaria. Frontispício virado a N., com 3 nichos centrais de cantaria, com arco de volta perfeita; o central, mais fundo, tem o arco e impostas decorados com rebaixo salientando boleado central; bases, capitéis e chave relevadas, e grande urna sobre todo a cobertura semicircular, tudo em cantaria cinzenta. Fundo igualmente em cantaria com cornija relevada horizontal partindo dos capitéis; superiormente, painel de azulejos azuis e brancos, com a data de 1867 e chapa metálica com o nº 87 do inventário camarário de fontanários; inferiormente, torneira simples, em bronze, e pia quadrangular assente em peanha. Nichos laterais mais baixos, encimados por frontão de volutas contracurvado, rematado superiormente por cilindro decorativo; pia mais simples, também quadrangular, sem peanha e apoiada nas impostas do arco. Faixas de separação dos nichos e dos seguintes com azulejos azuis e brancos com ramos de videiras e cabeças de menino, nos frontões. O restante espaldar possui grandes painéis de azulejos, com cenas de transporte: uma corsa e um carro de bois, com emolduramentos, em que predominam cachos de uvas, encimados pelas armas da Câmara do Funchal, assinados e datados. Os cunhais são de alvenaria pintada a cinza e decorados com incisões a imitarem cantaria. Nas faces laterais, dois painéis com igual enquadramento e representando, a O. um borracheiro e a E. um menino leiteiro.

Materiais

Cantaria rígida regional aparente, alvenaria de cantaria regional rebocada, ferro, bronze e azulejos.

Observações

Existem fotografias dos finais do Séc. 19 ou inícios do 20, onde são visíveis os primitivos painéis de azulejos muito degradados e com faltas. Parte-se assim do princípio de que o fontanário levantado inicialmente, em 1867 já possuía azulejos, muito provavelmente, brancos.