Arquitectura civil pública, neoclássica. Fonte central neoclássica, de duas taças sobrepostas escalonadas, decoradas por quatro leões alados posto em cruz sobre o tanque. A Fonte dos Leões integrava-se no sistema de abastecimento de água à cidade, visto que do reservatório de Santo Isidro saía uma conduta até à câmara de manobras da Fonte dos Leões, localizada no subsolo junto a esta. A fonte além de constituir um elemento decorativo, constituía um elemento de passagem, para ventilação e oxigenação das águas e para aliviar a pressão das condutas.
Fonte central de eixo em cruz com grupo escultórico na base apoiando-se quatro leões sentados com asas sentados em cada extremo. A intercalar cada leão, o eixo da fonte possui uma coluna com base, fuste e capitel. A encimar, duas taças centrais, circulares sobrepostas e escalonadas. O remate superior é tipo pinha. O tanque em granito de forma octogonal é de bordos arredondados. O perfil exterior das paredes do tanque é ondulado. O bordo da taça do plano inferior é contornada em alto relevo por um friso com elementos vegetais, interrompido apenas por quatro cornetas de onde jorra água.
Materiais
Granito pintado (tanque); bronze pintado (fonte).
Observações
Na altura da construção da fonte, a praça chamava-se dos Voluntários da Rainha. Posteriormente, depois da construção da Escola Politécnica (actual Faculdade de Ciências), o local passou a chamar-se Pç. da Universidade. Actualmente e pela presença da Fonte esta praça é designada por Pç. dos Leões. No ponto 5 do contrato que atribuiu à firma francesa o abastecimento de àguas à cidade, esta era obrigada a construir uma fonte monumental na Pç. dos Voluntários da Rainha. Existem gravuras antigas onde é visível uma vedação em ferro junto ao tanque. A arca de abastecimento da fonte, a partir de 1942, construída em granito, localiza-se na mesma praça, a uns 40 metros de distância. Esta Carta de Lei dada no Paço da Ajuda é rubricada pelo António Maria de Fontes Pereira de Melo e Thomas António Ribeiro Ferreira.