Aglomerado proto-urbano. Povoado proto-histórico. Povoado romano aberto.
Importante povoado aberto romano implantado no topo e vertentes do outeiro, detectando-se, numa vasta área, numerosos fragmentos de cerâmica comum romana, tegula, imbrex, assim como pedras bem faceadas que indiciam a existência de edifícios com alguma envergadura. Os trabalhos agrícolas terão destruído sepulturas estruturadas com lajes. Do espólio recolhido, para além da cerâmica doméstica e de construção romana e de elementos de mós manuárias rotativas, salientam-se uma haste de touro e um pé de estatueta, fíbulas, um alfinete de cabelo e um anel em bronze, contas de colar de pasta vítrea, uma pedra de anel de pasta vítrea e abundantes elementos numismáticos, um fragmento de epígrafe, e duas estelas calcolíticas. Mas o elemento que se destaca neste povoado é o aparecimento de 25 esculturas zoomórficas (berrões).
Materiais
Silhares em granito; cobertura de construções com tegula e imbrex.
Observações
A bibliografia tem tratado esta estação como um povoado fortificado proto-histórico (Castro) tendo em consideração o aparecimento dos "berrões", muito embora o espólio ceramológico não ateste a existência de qualquer ocupação pré-romana; os "berrões" estão depositados no Museu Abade de Baçal, em Bragança, na Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta; as estelas calcolíticas estão depositadas no Museu Abade de Baçal, em Bragança. Na base do cabeço, a SE., detecta-se à superfície grandes quantidades de escórias de ferro.