Arquitectura religiosa, barroca. Capela barroca de pequenas dimensões, de planta rectangular simples, frontispício em empena truncada por sineira com portal de vão recto e frontão de volutas, retábulo-mor em talha policroma rococó e tecto em abóbada de lunetas talvez do final do séc. 18 / início do 19.
Planta rectangular simples e cobertura em telhado de duas águas. Paredes exteriores rebocadas a branco, embasamento pintado a cinzento com portal e sineira em granito. Frontispício virado a E., terminado em empena truncada por sineira de arco pleno encimado por cornija e cruz. Portal de vão recto, com ombreiras e padieira ornadas por molduras escalonadas, sobrepujado por frontão curvo de volutas enquadrando cruz latina sobre cartela com data incisa "1753". Porta metálica de duas folhas, com gradeamento na parte superior. As restantes fachadas são cegas. No interior, rebocado a branco, rasgam-se colateralmente nichos com porta em madeira e painel em vidro; o do lado do Evangelho guarda uma imagem do Senhor dos Passos. Pavimento cimentado e cobertura em abóbada de lunetas, ainda que sem vãos, sobre cornija moldurada e saliente, de onde emergem impostas decoradas assentando em consolas de uma hélice. Retábulo-mor em talha policroma e dourada, essencialmente azul e ouro, tendo no amplo nicho central imagem de Cristo de grandes dimensões. A cruz repousa em peanha ornamental e a figura é flanqueada por duas peanhas menores. A decoração é essencialmente em volutas, auricular e integra figuras de anjos.
Materiais
Estrutura de granito, telha, madeira, vidro, cimento, talha dourada e policroma
Observações
A padieira, partida no lado N., está consolidada com um gato férreo cimentado. Na transcrição das Memórias Paroquiais feita pelo monógrafo, refere-se que os mordomos, com as esmolas, fazem na Quinta-feira Santa, uma mesa na casa do concelho "na qual põem pão cozido, queijo, figos e vinho; com sobrepeliz e estola, vai o pároco lançar benção à mesa, depois de preparada e, abertas as portas, entram, não só desta freguesia, mas também das vizinhas" (PINTADO, 1996: 244).
