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Grande Hotel Belmonte

Grande Hotel Belmonte

O ponto de interesse Grande Hotel Belmonte encontra-se localizado na freguesia de Monte no municipio de Funchal e no distrito de Ilha da Madeira (Madeira).

Palacete inspirado nas construções do Centro e Norte da Europa, com planta rectangular de alpendres trapesoidais centrais, de 3 pisos e com águas furtadas, de abas rendilhadas, com arcada avançada no piso térreo encimados por terraço com balaustrada de alvenaria, articulando-se com edifício de serviços sobre jardim e belvedere isolado sobre o acesso, dentro do mesmo gosto.

Planta rectangular assente em grande soco, adaptado ao desnível do terreno, com torre quadrada adossada a N. e alpendres trapesoidais a S., E. e O., articulando-se com corpo rectangular a E., envolvendo jardim, e belvedere de planta rectangular, disposto separadamente a SO. Massa de volumes horizontais dominados pelo telhado, de abas horizontais, a 4 águas, coberto a telha "marselha", com águas furtadas, 2 a N. e S. e 5 a E. e O. com abas de madeira entalhada, pintadas a verde e branco, e terraços na torre e sobre as arcadas, e simples e também de 4 águas no corpo E. Fachadas rebocadas e pintadas de creme, com pilastras jónicas nos cunhais, com grinaldas pendentes dos capitéis, sobre os quais corre cornija com algeroz pintados de verde, de 3 pisos, rasgados por vãos dispostos regularmente, com molduras formando triângulo superior, tudo em alvenaria pintada de branco. O piso térreo é percorrido por arcada avançada, assente em pilares estriados sobre soco e com grinaldas pendentes dos capitéis jónicos, fechada e encimada por balaustrada decorada. Fachada principal virada a O., tendo no piso térreo alpendre central avançado, com acesso por escadarias, rasgado por 9 portas de bandeira superior, com portadas envidraçadas em alumínio anodizado lacado a branco e tapa-sóis lacados a verde escuro; no 2º andar, também com 9 portas abertas ao terraço, tem alpendre de verga recta sobre as 3 portas centrais, assente em 4 colunas e com domo sobrelevado sobre a porta central; o 3º andar, separado do anterior por friso, tem o mesmo número de janelas, mas de peitoril. Fachada S. com idêntico tratamento, com 7 vãos nos pisos e alpendre envidraçado ao nível do 2º piso, encimado por terraço. Fachada E. sobre o jardim, com tratamento idêntico à fachada O. Fachada N. com tratamento simplificado, menos um piso e janelas sem tapa-sóis, mas com decoração mais elaborada no piso superior da torre, ritmada por pilastras estriadas e decorada por almofadas geométricas relevadas, tendo sobre os cunhais da balaustrada que a remata, urnas sobre acrotério. No INTERIOR pequeno átrio e escadaria interior de acesso aos andares ao lado esquerdo, com balaustrada de ferro fundido pintado a prateado no lanço de acesso ao piso médio e de madeira para o piso superior e corredor central correndo N. / S. e fazendo a ligação entre essas fachadas e os diversos compartimentos. Antigo salão de recepção no piso térreo, com pinturas nas paredes com motivos tradicionais madeirenses e um bom conjunto, neste e no piso superior, de suspensões eléctricas em bronze e vidro. Belvedere sobre o Caminho do Monte, de planta rectangular com alpendre em meia laranja a O. e E., com arcos plenos sobre pilares estriados, de capitéis jónicos com grinaldas, e delimitados por balaustrada; cobertura de abas horizontais sustentads por mísulas de madeira, com telhados de várias águas. Fachadas pintadas a verde claro e embasamento a ocre, percorridas por vários frisos de alvenaria e rasgadas a E. e O. por porta e janelas estreitas, de arco pleno, e a N. e S. por dupla janela de arco pleno.

Materiais

Cantaria mole e rígida regional aparente, alvenaria de cantaria regional rebocada, madeira (carvalho, nogueira e outras), amarrações mistas de tirantes de madeira e de ferro, grades de ferro, azulejos, pintura sobre tela e estuque, vidro e telha "marselha" e de meio canudo.

Observações

Pelas fotografias do arquivos dos "Vicentes" e por um postal do "Bazar do Povo" dos finais do Séc. 19, onde o Hotel aparece com 2 pisos, é possível reconhecer a importante campanha de obras levada a cabo pelo capitão Sotero, em 1915 / 1916. Perdeu-se então um interessante portal, aparentemente, barroco, talvez o que restava da inicial residência de Verão do cônsul Carlos Murray.