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Cruzeiro de Sacotes

Cruzeiro de Sacotes

O ponto de interesse Cruzeiro de Sacotes encontra-se localizado na freguesia de Algueirão-Mem Martins no municipio de Sintra e no distrito de Lisboa.

Arquitetura religiosa, vernácula. Cruzeiro em cantaria, composto por plinto paralelepipédico e por cruz latina. Cruzeiro muito simples, com um plinto desproporcionado relativamente à exiguidade do tamanho da cruz. Nem o plinto nem a cruz ostentam qualquer ornamentação ou registo epigráficos.

Cruzeiro em cantaria de calcário, constituída por um alto plinto paralelepipédico, onde se ergue uma tosca e pequena cruz latina, com braços de secção sensivelmente quadrada. As duas componentes articulam-se por encaixe do braço maior da cruz em reentrância escavada na face superior do plinto. *1

Materiais

Estrutura em cantaria de lioz da região

Observações

*1 O Cruzeiro de Sacotes está referenciado com o CNS 35028. Sobre o mesmo refere-se no Portal do Arqueólogo: O Largo das Forças Armadas localiza-se sensivelmente a meio da povoação de Sacotes, sendo atualmente ocupado por árvores de grande porte e por equipamentos urbanos. No local encontra-se um monumento funerário romano, um cipo prismático, atualmente anepígrafo, assente sobre uma base original. Na área da cova do sepulcrum do monumento romano, situada no seu topo, foi posteriormente colocada uma cruz, cristianizando assim aquele conjunto (http://arqueologia.patrimoniocultural.pt) *2 O Cruzeiro de Sacotes vem referenciado no Relatório de Caracterização e Diagnóstico do Concelho de Sintra. Tema 11 – Património Natural, Arquitectónico e Arqueológico, documento de estudo no âmbito da revisão do Plano Director Municipal atualmente a decorrer (2016), como “inventariado”, com o número 139, património arqueológico terrestre do concelho de Sintra, como “monumento funerário romano”. *3 O principal objetivo da intervenção foi tentar perceber se o monumento romano se encontrava ainda na sua disposição original, bem como aferir a existência, ou não, de outros vestígios arqueológicos no largo. A abertura de três áreas de escavação permitiu perceber que a topografia do actual largo foi profundamente alterada, provavelmente já durante a segunda metade do século XX, através da construção de aterros, permitindo assim a construção da plataforma regular que actualmente é visível. Foram recolhidos elementos que permitem documentar uma ocupação pré-histórica recente do local, através da presença de elementos líticos. Estes encontram-se associados a uma grande quantidade de nódulos de sílex, muitos com córtex, o que parece sugerir a presença de uma área de recolha deste tipo de matéria-prima. Apesar da identificação destes materiais não foi identificada qualquer estratigrafia conservada, já que nos contextos intervencionados se constatou a mistura de materiais de cronologia muito distintas, designadamente indústria lítica pré-histórica e cerâmica moderna e contemporânea. Não forma identificados quaisquer tipo de vestígios de época romana, para além do monumento já conhecido. A total ausência de materiais romanos parece excluir a possibilidade de o monumento funerário se encontrar na sua posição original, ou perto da mesma. Tratam-se possivelmente de elementos removidos de outro sítio arqueológico e ali colocados numa época posterior. Foi ainda identificada uma estrutura de planta tendencialmente circular, que por razões de segurança não foi totalmente escavada, correspondendo possivelmente a um poço, ainda que não possa ser excluída a hipótese de se tratar de um forno (http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/)