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Colónia de Férias dos Comboios de Portugal

Colónia de Férias dos Comboios de Portugal

O ponto de interesse Colónia de Férias dos Comboios de Portugal encontra-se localizado na freguesia de Colares no municipio de Sintra e no distrito de Lisboa.

Arquitectura assistencial, do séc. 20. Colónia de férias de tipo pavilhonar.

O acesso ao recinto é feito a partir da estrada, na parte mais baixa do terreno. A entrada é marcada por um grande pilar paralelepipédico, onde se inscreve em relevo o grafismo de identificação da Colónia de Férias. O portão, em madeira pintada de cor viva, é enquadrado pelos topos do muro de vedação, construídos em pedra aparente e encimados por duas esferas. Dentro do recinto, um grande banco semicircular em tijolo maciço define uma zona de recepção. Construído um pouco adiante, o edifício principal da Colónia - reunido o refeitório, cozinha um recreio coberto - marca a zona de vida em comum, rodeada, a pouca distância pelas instalações do pessoal. Mais acima, envolvidos pelo arvoredo, ficam situados os oito pavilhões-dormitórios destinados às crianças, e os pavilhões de apoio (originalmente funcionando como enfermaria, lavabos, rouparia). EDIFÍCIO PRINCIPAL - tem planta longitudinal, com orientação NO.-SE., composta pela justaposição de diferentes rectângulos (alongado, o do espaço do refeitório comum; próximo do quadrado, aquele que reúne cozinha, despensa, copa e recreio coberto). Massa de acentuada horizontalidade, coberta por um extenso telhado que a unifica. O alpendre do recreio coberto é um espaço de transição entre exterior e interior, profundo e sombrio. A cobertura em telha sobre asnas de madeira é suportada por uma série de pilares jorrados construídos em pedra calcária aparente não aparelhada, de textura rude e estereotomia irregular, usada também nas molduras e nos panos de alvenaria que ligam as janelas quadradas, definindo longas faixas horizontais. A mesma pedra foi aplicada nas passagens lajeadas exteriores e no embasamento em que assentam todas as construções. Os paramentos gerais são acabados em reboco áspero. Num dos topos do recreio coberto existe um altar ao qual se acede através de vão em arco de volta perfeita com porta de correr de duas folhas. Os oito PAVILHÕES-DORMITÓRIO dispõem-se em bateria, paralelos entre si com orientação N.-S.. As portas de acesso a cada pavilhão abrem-se sobre um mesmo espaço exterior de circulação comum. Os pavilhões têm planta em L (correspondendo a um espaço amplo com planta rectangular alongada, para dormitório, e um espaço anexo para instalações sanitárias), massa de acentuada horizontalidade, com paredes construídas em alvenaria e cobertura em telhado de duas águas em chapa ondulada de fibrocimento. Molduras dos vãos e contrafortes das esquinas em pedra calcária aparente. Vãos quadrados (maiores no dormitório, menores nas instalações sanitárias), com caixilhos em madeira pintada. As diferentes cores de pintura das caixilharias e os motivos em baixo-relevo colocados sobre as portas de entrada identificam os diversos dormitórios. Os pavilhões de apoio são edifícios isolados, com características construtivas e formais semelhantes às dos restantes. A Casa da Regente, com uma implantação paralela à do Pavilhão Principal, face ao Recreio Coberto e bem visível a partir da entrada do recinto, é o único edifício da Colónia com dois pisos. Tem volume único, sensivelmente cúbico, e cobertura de telhado com quatro águas, revestido com telha lusa. Porta de entrada com lintel em arco de volta perfeita e janelas quadradas com caixilhos e portadas em madeira pintada. Molduras dos vãos e revestimentos parciais dos paramentos em pedra calcária; acabamento geral dos paramentos em reboco áspero. Paredes interiores das áreas de circulação em escaiola de cor amarela; pavimentos em tijoleira de barro, degraus da escada em madeira.

Materiais

Pedra calcária, reboco, telha, madeira, vidro

Observações