Capela de provável construção quinhentista, de que subsiste a estrutura, o arco triunfal, muito estreito e pouco elevado e o portal dintelado. Sofreu obras de reedificação no séc. 17, com a provável feitura do alpendre, que apresenta pilares de arestas biseladas, e do púlpito exterior. Este alpendre, viria a sofrer obras de remodelação no final do séc. 20, com introdução de nova cobertura e vigotas de betão. Em Seiscentos, surge o retábulo-mor, de estilo maneirista, mantendo sebastos de brutesco pintado. Sofreu obras de remodelação no final do séc. 19, com a abertura de novas janelas na capela-mor.
Planta retangular composta por nave e capela-mor, a primeira antecedida por alpendre aberto, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas e três (nave e alpendre) águas, rematadas em beiradas simples. Fachadas em alvenaria e cantaria de granito aparente. Fachada principal virada a sudoeste, rematada em empena e rasgada por portal dintelado. O alpendre, em cota inferior à envolvente, é fechado por pequeno murete, tendo acesso frontal, sustentado por dois pilares de arestas parcialmente biseladas, sobre os quais surgem as vigotas da cobertura, em três abas rebocadas e pintadas de branco. No lado esquerdo do alpendre, púlpito em cantaria de granito, quadrangular e de guarda plena, com acesso por degraus. A fachada lateral esquerda tem, sobre o cunhal direito da nave, sineira de volta perfeita, assente em impostas salientes, surgindo, no corpo da capela-mor, porta de verga reta e pequena fresta. Fachada lateral direita com ampla janela retilínea no corpo da capela-mor. Fachada posterior rematada em empena cega com cruz latina no vértice, sendo visível uma segunda cruz sobre a empena do arco triunfal. INTERIOR com as paredes rebocadas e pintadas de branco, com coberturas de duas abas, também rebocadas e pintadas de branco, e pavimento em lajeado de granito. Arco triunfal em arco apontado, ladeado por estruturas em cantaria de granito, formando dois nichos, transformados em altares. Capela-mor profunda, surgindo, sobre supedâneo de um degrau, o retábulo-mor, de talha pintada e dourada, de corpo reto e três eixos definidos por quatro colunas torsas, ornadas por pâmpanos e assentes em plintos paralelepipédicos; está ladeado por orelhas recortadas. Cada um dos eixos, possui apainelados retilíneos, com molduras salientes, ostentando pinturas, as dos eixos laterais figurativas, tendo a central elementos decorativos. A estrutura remata em frisos e cornija, sobre os quais evolui tabela retangular vertical, ladeada por quatro quartelões e aletas de acantos vazadas, rematando em voluta de acantos; na tabela, painel pintado, a representar São Sebastião. Altar paralelepipédico, sendo visíveis os sebastos com brutesco e sanefa franjada.
Materiais
Estrutura em alvenaria e cantaria, rebocada e pintada no interior; cobertura e alpendre com vigotas de cimento; cruzes, bacia e escadas do púlpito, pilares do alpendre, pavimentos e modinaturas em cantaria de granito; portas e mobiliário de madeira; retábulo em talha pintada e dourada; coberturas exteriores em telha cerâmica.
Observações
