Capela maneirista e tardo-barroca, de nave única com tecto em madeira e capela-mor abóbada; fachada com pequena sineira. Espacialidade postridentina.
Planta longitudinal composta, nave e capela-mor justapostas, anexos a N.. Volumes escalonados com cobertura diferenciada em telhados de 1 e 2 águas. Fachada principal, virada a O., de pano único com empena angular com cruz no vértice; portal axial com lintel arquitravado, encimado por janela moldurada; abaixo da janela um painel de azulejos com a inscrição: "Matriz da Olaia"; pequena sineira sobre a empena; a metade direita da fachada é antecedida por banco corrido. Na fachada lateral N. os corpos dos anexos; na sacristia rasga-se uma porta e 2 janelas. Fachada lateral S. composta por 2 corpos: o da nave, rasgado por porta rectangular, percorrido por banco corrido, o da capela-mor vazado por janela rectangular moldurada. Fachada posterior com empena angular e cruz no vértice. INTERIOR - nave coberta por tecto em madeira de 3 planos longitudinais; coro alto sobre o portal, em madeira, apoiado em colunas toscanas; sob o coro, do lado do Evangelho, um vão rasgado onde se inscreve a pia baptismal monolítica; do mesmo lado adossa-se o púlpito com caixa de balaústres; um silhar baixo de azulejos misturados, de padrão polícromo seiscentista, envolve a nave; altares colaterais com retábulos em talha dourada de estilo nacional; arco triunfal semicircular apoiado em pilastras toscanas. Capela-mor com tecto em abóbada de berço pintada com emblema mariano; retábulo neoclássico em madeira pintada, com tribuna. Na sacristia, sobre o lavabo em pedra, encaixa-se pequeno frontão de volutas; à entrada do corredor de acesso à sacristia, uma lápide tumular aplicada na parede.
Materiais
Estrutura em alvenaria de pedra, rebocada e caiada. Cantaria em molduras. Telha cerâmica. Azulejos em revestimentos internos. Pavimento em madeira e tijoleira.
Observações
(1) Em 1760 a igreja tinha 3 altares, o maior dedicado a Nossa Senhora do Ó, o colateral do Evangelho dedicado a Nossa Senhora do Rosário, o colateral da Epístola a São Sebastião. Duas irmandades tinham assento na igreja, uma leiga dedicada a Nossa Senhora do Ó, outra eclesiástica devota de Nossa Senhora do Rosário. A freguesia tinha então 330 fogos, com 1051 moradores. A igreja era anexa à paroquial de Santiago da vila de Torres Novas. (2) Na sacristia guarda-se uma cabeceira de um túmulo medieval.