Marcos miliários romanos. O miliário de Tibério, proveniente do Prado, fazia parte da Via Braga-Astorga, por Ponte de Lima e Tui. O miliário de Trajano, encontrado em Sande (Guimarães) fazia parte de uma via anexa ou complementar da Via XVII, Braga-Astorga por Chaves, a qual conduzia de Braga a Viseu por Sande, Marco de Canavezes e o Baixo Vale do Tâmega (TRANOY 1981 / 214) doou de Tibério.
Os dois miliários referidos por Martins Capela / 1895 (série Capela) e depositados no Museu da Sociedade Martins Sarmento - Secção de Epigrafia Latina e de Escultura Antiga, em Guimarães, correspondem aos nº 77 e 78 do Catálogo do Museu. O nº 77 é um fragmento de miliário de Tíbério (14-37 d.C.) com as dimensões 0,66 X 0,62 e a seguinte leitura da inscrição: [Ti(berius) Caesar Di]vi Aug(usti) f(ilius), Di[vi Iuli nepo]s Aug(usti), Pont(ifex) [Max(imus), im]p(erator) VIII Con[s(ul) V, Trib(unicia)] Potest(ate) [XXXIIII. Brac(ara) Aug(usta).... (milia passuum)]. Foi encontrado numa bouça da freg. de Prado (Braga). Foi oferecido ao Museu pela viúva de Albano Belino em 1907. O nº 78 é um fragmento de miliário de Trajano (97-117 d.C.) com as dimensões 1,76 X 0,40 e a seguinte leitura da inscrição: [Imp(eratori) Caesari Ner]/v[ae Trai]ano/A[ug(usto) Ger]m(anico), Dac(ico)/P[ont(ifici) M]ax(imo) Trib(unitia)/P[ot(estate) VIII I]mp(eratori) IIII/C[ons(uli) V] P(atri) P(atriae),/....IIII. Foi encontrado, em 1885, numas escadas do pátio da residência paroquial de S. Martinho de Sande (Guimarães). Foi oferecido por intermédio de João M. de Sousa Machado, da freguesia de Sande.
Materiais
Granito.
Observações