Casa nobre do século 17, de planta rectangular, com fachadas separadas por friso, com pilastras nos cunhais, percorridas por embasamento e rematadas por friso e cornija, e rasgado por vãos de verga recta com moldura rectilínea. A fachada principal possui três portais encimados por frontão triangular, em que dois deles possuem brasão de família, de acesso à casa e o outro de acesso à capela.
Planta rectangular, massa simples de volume horizontal, com coberturas em telhados de quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com excepção do pano correspondente à capela, em cantaria de granito, possui os pisos separados por friso, rasgados regularmente por vãos de verga recta com moldura granítica rectilínea, os do último piso são encimados por frontão triangular. Fachada principal virada a O., de quatro panos, rasgada, no piso térreo, por seis portas, das quais três são encimadas por frontão triangular e duas delas integram brasão com as armas dos Peixotos e Leites. Sobre este piso, rasgam-se diversas janelas rectangulares, as maiores possuem guarda em ferro. No piso superior, abrem-se dez janelas de sacada, de varandim com guarda de ferro forjado. Fachada lateral esquerda, rasgada por duas pequenas janelas, encimadas por duas janelas de varandim com guarda de ferro. Fachada lateral direita, rasgada por duas pequenas janelas, encimadas por três janelas de varandim com guarda de ferro. Fachada posterior, de três panos, rasgada por cinco portas e sete janelas.
Materiais
Estrutura em alvenaria de granito com paramentos rebocados e pintados de branco, embasamentos, molduras de vãos, frisos, cornijas, frontões, brasão, escadas, e outros elementos em cantaria de granito; portas e caixilharias das janelas em madeira; guardas das janelas e portões em ferro; vidros simples; cobertura em telha.
Observações
A capela que fazia parte da casa possuía um retábulo maneirista, actualmente exposto no Museu Alberto Sampaio (v. PT010308340007). O Arquivo integra um riquíssimo acervo documental do qual se salienta o Municipal (séc. XII-XX), o Notarial (1539-1975), o Judicial (séc. XIV-XX), o Paroquial ou Registo Civil (1537-1903), as Juntas de Turismo (1921-1989), a Colegiada de Guimarães (séc. X-XX), o Monástico-Conventual (séc. XVI-XIX), do Dr. Mariano Felgueiras (1905-1975), do Eng. Duarte do Amaral (1910-1973) e do Prof. Doutor Freitas do Amaral (doado a 24 de Junho de 2003).