Arquitectura científica, modernista tardia. Centro de investigação; Arquitectura recreativa - jardim modernista que se reconhece na forte vertente funcionalista e na "limpeza das linhas" patentes na concepção do projecto. Prolongamento do modernismo português na fachada; monumentalismo sóbrio; construção com possibilidades de articulação volumétrica, estudada de forma a permitir futuras ampliações das instalações principais. Os pátios exteriores descritos são ambos arrelvados, com espelho de água paralelepipédico junto a um dos limites, com canteiros apenas junto aos limites físicos do pátio o que faz sobressair estes elementos de água considerados fulcrais em ambas as composições paisagísticas.
Imóvel de planta aproximadamente rectangular apresentando o seu maior lado uma orientação N.-S.. Conjunto arquitectónico composto por distintas construções, integrando este complexo: o edifício principal; o edifício de Barragens, Geotécnica e Mecânica das Rochas; o edifício do Centro de Convívio; o edifício da Biblioteca, Reunião, Documentação e Informática; os pavilhões do Poço e Hidraúlica Marítima. EDIFÍCIO PRINCIPAL: planta em "U" , embora irregular face à articulação de vários corpos (nomeadamente, corpo central mais avançado no alçado posterior, correspondente ao auditório, e torres no braços O. e E), organizada em três pisos principais e com disposição horizontal das massas, acentuada pela cobertura plana e remate superior das empenas reduzida a simples rebordo; a fachada principal, orientada a S., constitui uma extensa ala de composição simétrica com acesso centralizado e volumetricamente destacado por pórtico de ferro envidraçado, antecedido por escadaria e encimado por fileira de janelas. No interior a compartimentação organiza-se a partir de grandes eixos de circulação e distribuição, tendo além dos 3 pisos instalações complementares com aproveitamento de s/cave e sótão. EDIFÍCIO DAS BARRAGENS - articulação de três corpos ligados por galerias, com valorização da escada exterior, visibilidade do vestíbulo até ao pátio e utilização de placas cerâmicas esmaltadas em revestimentos. EDIFÍCIO DO CENTRO DE CONVÍVIO - corpo de planta quadrada, contendo salas e restaurante e outro contendo quartos para visitantes e pátio interior. PAVILHÕES DO POÇO E HIDRÁULICA MARÍTIMA - planta circular com corredor de acesso. Do ponto de vista da organização espacial dos elementos o espaço é mais densamente ocupado no terço S. situando-se neste núcleo os edifícios de maior valor arquitectónico. Quanto aos espaços exteriores, nesta área encontramos três eixos transversais de grande comprimento com uma orientação E.-O., cortados ortogonalmente por quatro pequenos eixos longitudinais com distancias variáveis entre eles. Estas ruas são densamente arborizadas bilateralmente, com alguns exemplares de crescimento lento, de grande porte, o que remete a sua data de plantação aproximada para os inícios da construção deste complexo Nestes arruamentos encontramos espécies arbóreas como: a grevílea (Grevillea robusta), a magnólia (Magnolia grandiflora), o castanheiro da Índia (Aesculus hippocastanum), o plátano (Platanus orientalis), a casuarina (Casuarina equisetifolia), o jacarandá (Jacaranda ovalifolia), e espécies arbustivas como o pitosporum ( Pittosporum tobira) e o incenseiro (Pittosporum undulatum). Nesta área, além das ruas temos vários espaços ajardinados dos quais destacamos aqueles que pela sua posição e/ou tratamento paisagístico merecem um maior destaque. Nas traseiras do EDIFÍCIO DA BIBLIOTECA, confinado a S. pelo edifício da Livraria e a N. pelo edifício onde se situa a Direcção de Serviços Financeiros e Patrimoniais e a O. pelo edifício Direcção de Serviços de Logística e Manutenção, situa-se um pátio ajardinado de planta quadrangular. Frente à fachada principal do edifício da biblioteca existe um espaço ajardinado situado entre o passeio confinante com a porta principal do edifício e um dos arruamentos transversais. Este espaço é bipartido por passeio central, sendo ambos estes passeios pavimentados em calçada portuguesa em calcário com desenho a basalto. A N. deste passeio central, parte caminho pedonal que o liga, agora obliquamente ao já referido arruamento transversal. Este caminho, em lajetas sobre o relvado, passa defronte a um elemento escultórico em pedra alusivo ao 40º aniversário do LNEC, datado de 6/12/1987 e dedicado a Manuel Rocha. Estes relvados são ladeados por árvores de grande desenvolvimento vegetativo existindo aqui espécies como: a catalpa (Catalpa bignonioides), o choupo branco (Populus alba), o cipreste (Cupressus sempervirens), a grevílea (Grevillea robusta), o cedro do atlas (Cedrus atlantica), a casuarina (Casuarina equisetifolia) e o plátano (Platanus orientalis). Como arbusto encontramos o loendro (Nerium oleander). Ainda no edifício da biblioteca, ao nível do último piso e comunicando com o espaço da biblioteca propriamente dito, situa-se, orientado a poente, um terraço ajardinado concebido apenas para ser contemplado, com espécies como as hortenses, (Hydrangea macrophylla), a bergénia (Bergenia crassifolia), a alfazema (Lavandula dentata), a roseira (Rosa spp), a estrelícia (Strelitzia reginae) e a hebe (Hebe andersonii), a gazânia (Gazania splendens), a aucuba (aucuba japonica) e as coroas de Henrique ou agapantos (Agapanthus praecox), encontrando-se as várias espécies aproximadamente individualizadas em maciços. Defronte a este espaço e simétrico ao mesmo, situa-se o EDIFÍCIO DO DEPARTAMENTO DE GEOTECNIA, separados pelo já referido arruamento transversal. Aqui as placas arrelvadas são ladeadas por espécies arbóreas como a palmeira (Washingtonia robusta), o salgueiro-chorão (Salix babylonica) e a ameixieira brava (Prunus cerasifera). Neste edifício existe um pátio arrelvado de planta rectangular. Passando a descrever a frente S. da propriedade, esta, virada para a Avenida do Brasil, exibe as fachadas dos edifícios: DO DEPARTAMENTO DE BARRAGEMS a E., DO EDIFÍCIO PRINCIPAL ao centro e DO DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS A O.. Frente ao primeiro e até ao arruamento S. existe para área plana, de planta aproximadamente rectangular, arrelvada, com um lago quadrangular, com cerca de 10x10m. e com cerca de 0.70m de profundidade, implantado junto à sua fachada, aproximadamente a meio do seu comprimento. No centro desta fachada encontra-se um amontoado de pedra de origem vulcânica com função ornamental envolvendo as tubagens de um repuxo. Esta zona arrelvada é limitada a O. por sebe em arbusto com cerca de 3 m. de altura situando-se defronte desta um cedro do atlas (Cedrus atlantica). Entre o referido arruamento e o muro que limita a S. a propriedade situa-se uma longa placa arrelvada com 10m. de largura, interrompida por três entradas. Nesta placa situa-se uma longa sequência de exemplares notáveis de árvores contendo, algumas delas placas identificativas da sua espécie botânica. Essa sequência é, de E. para a O. a seguinte: araucária da Queenlândia (Araucária biwillii HooK), plátano (Platanus orientalis), choupo-preto (Populus nigra), casuarina (Casuarina equisetifolia), sobreiro (Quercus suber), oleastro ou zambujeiro (Olea europaea var. sylvestris), araucária de Norfolk (Araucaria heterophylla), lagerstroémia (lagerstroemia indica), grevília (Grevillea robusta) , cedro do atlas (cedrus atlantica), magnólia (Magnolia grandiflora), cipreste glabro (Cupressus glabra), sequoia (Sequoia sempervirens), cedro-dos-Himalaias (Cedrus deodara), pimenteira bastarda (Schinus molle), castanheiro da ìndia (Aesculus hippocastanum), árvore dos rosários (Melia azederach) e olaia (Cercis siliquastrum). Nos terços médio e N. da propriedade os caminhos são em menor número e de maior cumprimento, normalmente não arborizados à excepção do troço poente do caminho transversal situado mais a N. Nestes, a ocupação do solo por edifícios é menos significativa, não se encontrando os espaços livres ajardinados, à excepção da envolvente do edifício do centro de convívio, que , no extremo E. do terço médio ocupa uma posição privilegiada, já que se situa no topo de uma elevação, encontrando-se as encostas orientadas entre N.- O, O.-S e S.-E. densamente arborizadas. O limite inferior desta elevação está inscrito no terreno através de uma linha de água que tem ambas as margens vegetalizadas.
Materiais
Betão armado, alvenaria de pedra, tijolo, marmorite, mármore, vidro e madeira. EXTERIOR: Inerte - Caçada, lancil, estatuária, banco e placas para pavimento em calcário, calçada em basalto, estatuária e candeeiro em metal; lajetas em betão, papeleiras em PVC; Vegetal - Árvores: grevílea (Grevillea robusta), magnólia (Magnolia grandiflora), castanheiro-da-Índia (Aesculus hippocastanum), plátano (Platanus orientalis), casuarina (Casuarina equisetifolia), jacarandá (Jacaranda ovalifolia), catalpa (Catalpa bignonioides), choupo branco (Populus alba), cipreste (Cupressus sempervirens), cedro do atlas (Cedrus atlantica), plátano (Platanus orientalis), araucária da Queenlândia (Araucária biwillii HooK), choupo-preto (Populus nigra), sobreiro (Quercus suber), oleastro ou zambujeiro (Olea europaea var. sylvestris), araucária de Norfolk (Araucaria heterophylla), lagerstroémia (lagerstroemia indica), Cipreste glabro (Cupressus glabra), sequoia (Sequoia sempervirens), cedro dos Himalaias (Cedrus deodara), pimenteira-bastarda (Schinus molle), árvore dos rosários (Melia azederach), olaia (Cercis siliquastrum), taxus (Taxus bacata), palmeira (Washingtonia robusta); arbustos: pitosporum ( Pittosporum tobira), incenseiro (Pittosporum undulatum), loendro (Nerium oleander), bambu (Arundinaria falconeri), estrelícia arbórea (Strelitzia nicolai), buxo (Buxus sempervirens), yuca (yucca), arália (Fatsia japonica), euonimos (Euonymus japonicus); herbáceas: hortenses (Hydrangea macrophylla), bergénia (Bergenia crassifolia), alfazema (Lavandula dentata), roseira (Rosa spp), estrelícia (Strelitzia reginae), hebe (Hebe andersonii), gazânia (Gazania splendens), aucuba (aucuba japonica), coroas-de-Henrique ou agapantos (Agapanthus praecox), feto (Blechnum occidentale) e clorofitos (Chlorophytum comosum).
Observações
*1 - DOF: Campus do LNEC.