Arquitetura religiosa, rococó. Ermida que surge na sequência do terramoto de 1755 e que traduz o emergir do poder das confrarias e irmandades, as quais se destacam dos grandes templos urbanos (muitos destruídos pelo sismo), onde possuiam uma capela ou altar e empreendem construções autónomas.
Planta composta pela justaposição do rectângulo da nave e capela-mor, apresenta volumetria paralelepipédica, sendo a cobertura efectuada por telhados a 2 águas. A fachada principal, voltada a E., é animada pela abertura a eixo do portal e de janela rectangular, sendo superiormente rematada por frontão triangular sobrepujado de cruz. A S. o pano sineiro. INTERIOR: nave única coberta por falsa abóbada de madeira ostentando pintura ornamental em bicromia, simulando composição em estuque, e animada por lambril azulejar monocromo de padrão. De ambos os lados observam-se falsos púlpitos encimados por janelas. Adossado à face interna da fachada principal o coro-alto definido por balaustrada de madeira. Precedida por arco triunfal ladeado por 2 altares de madeira pintada simulando mármore, a capela-mor coberta por abóbada de berço com pintura decorativa organizada em torno de um medalhão central de temática mariana, atribuído a Pedro Alexandrino de Carvalho (1730 - 1810). No muro de topo o retábulo vazado por camarim albergando trono. Os muros laterais são animados pela presença de painéis azulejares policromos recortados e ainda pela abertura de porta e janela rectangular guarnecida por balaustrada.
Materiais
Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira.
Observações