Casa pombalina, um exemplar interessante de casa apalaçada da 2ª metade do séc. 18, cujo carácter nobre a remodelação de Raul Lino (na década de 40 do séc. 20) acentuou, introduzindo algum vocabulário arquitectónico erudito.
De planta rectangular, o edifício apresenta apresenta massa simples paralelepipédica e cobertura homogénea por telhados a 4 águas e em mansarda com trapeiras - 4 no alçado principal e posterior e 2 no alçado lateral esquerdo. De 3 pisos (um deles ao nível da cobertura), o edifício em reboco pintado com soco e cunhais de cantaria, apresenta alçado principal (a S.) animado por abertura de vãos de verga recta com emolduramento simples de cantaria a ritmo regular - 9 vãos. Reconhece-se organização da fachada em função da porta principal, a eixo, rematada por frontão triangular em cantaria e encimada por janela de peito. Observa-se piso térreo vazado por janelas de peito sobrepujadas ao nível do andar nobre por janelas de sacada com varandins individuais em ferro forjado. O alçado posterior (N.), orientado para pequeno jardim murado, apresenta paramento animado no piso térreo por 2 portas e janelas de peito, também observadas no 1º piso. A compartimentação interna organiza-se em torno de escadaria central - desenvolvida em lanços curvos simétricos a partir de vestíbulo com acesso pela porta principal -, reconhecendo-se essencialmente compartimentos rectangulares.
Materiais
Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira.
Observações
