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Gravuras abertas numa laje situada em face de Taião a Sudoeste do Monte de Fortes

Gravuras abertas numa laje situada em face de Taião a Sudoeste do Monte de Fortes

O ponto de interesse Gravuras abertas numa laje situada em face de Taião a Sudoeste do Monte de Fortes encontra-se localizado na freguesia de União das freguesias de Gandra e Taião no municipio de Valença e no distrito de Viana do Castelo.

Sítio pré e proto-histórico. Arte rupestre. Gravuras rupestres da Época do Bronze, ao ar livre e obtidas por picotagem. Inscrevem-se na tipologia das gravuras rupestres do Noroeste Peninsular e, mais especificamente, no grupo I designado Antigo ou Clássico. O motivo geométrico predominante (conjuntos de círculos concêntricos insculturados), fá-la aproximar das estações da tapada de Ozão e a do Monte da Laje (ambas classificadas), não muito distantes, não deixando também de ser significativa a proximidade de alguns castros e de um conjunto megalítico. A incidência deste mesmo motivo predominante leva Eduardo Jorge Lopes da Silva a intregá-la na IV fase criada por E. Anati, correspondendo ao Bronze Médio e Final. Dada a variedade das dimensões dos conjuntos, Eduardo J. Silva admite o estabelecimento de sub-fases. As gravuras foram obtidas pela técnica da picotagem. A excepcional dimensão e elevado número de anéis dos círculos concêntricos, levaram António Martinho Baptista a considerá-los como um dos maiores até agora conhecidas na Arte do Noroeste.

As gravuras desta estação distribuem-se por 3 rochas. Duas delas estão flanqueadas por rochas insculturadas e encontram-se separadas por fissuras naturais. A outra rocha, também insculturada, está situada a cerca de 1,20 m. abaixo das anteriores. Os motivos gravados são, predominantemente, círculos concêntricos, alguns de grandes dimensões. O maior deles é formado por doze anéis com diâmetro horizontal de 1,13 m e vertical de 1,15 m. e um outro é formado por onze círculos com diâmetros de 1,18 m e 1,14 m. Na laje inferior distribuem-se dois conjuntos de círculos concêntricos e vestígios de um terceiro, formado por dois anéis, com "fossete" central e com diâmetro de 25 cm.

Materiais

Granito, de grão médio.

Observações

Para se visitar esta estação toma-se, em Valença, a estrada para Monção, desviando-se, a breve trecho, para a direita, em direcção ao Monte do Faro. Mais à frente, ao ponto em que a estrada começa a descer, local denominado Chã do Marco da Quebrada (onde se situa um complexo megalítico) inflecte-se, uma vez mais à direita, pelo estradão, que se deverá seguir cerca de 1500 metros.