Arquitectura de transportes, romântica. Edifício de cavalariças que se pretendia inserido num conjunto habitacional mais vasto, mas que não se chegou a concretizar. De concepção romântica tardia, uma vez que foi construído já na primeira década do século 20, insere-se no núcleo construtivo do Alto do Estoril, desenvolvida ao longo da Estrada Real nos finais do séc. 19, princípios do 20. Possui um gosto ecléctico, exótico, pessoal e indisciplinado. Foi construído primeiro do que o palacete e, decorativamente é muito mais rico que este.
Planta sensivelmente rectangular com canto arredondado no lado do gaveto. Alçados assimétricos, o do S. rasgado por portão grande em arco pleno, 2 conjuntos de janelas geminadas e uma porta mais pequena; alçado N. com 3 portões grandes em arco pleno, sendo o do meio maior e com arco em asa de cesto interrompido ao centro por 2 colunas com capitel decorado. As aberturas de ambas as fachadas são intercaladas ao nível da cornija e interrompendo a balaustrada que coroa o edifício por motivos redondos com grinaldas, sendo 2 deles na fachada S. sobrepujados por 2 vasos. A fachada mais decorada é a que faz gaveto, onde 2 modilhões com carrancas suportam varanda que avança. Sobre o terraço ergue-se arco ladeado por 2 colunas de cada lado, encimado por frontão interrompido ricamente decorado, e um edifício, recente, com vários pisos.
Materiais
Calcário, ferro, vidros, e madeira
Observações
*1 - DOF: Edifício da antiga garagem, cocheira e cavalariça da casa de António Santos Jorge, também denominado Cocheiras de Santos Jorge ou Cavalariças de Santos Jorge. O arco que se ergue sobre o terraço era acompanhado por outros a nível do projecto.