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Chafariz da Rua do Século

Chafariz da Rua do Século

O ponto de interesse Chafariz da Rua do Século encontra-se localizado na freguesia de Misericórdia no municipio de Lisboa e no distrito de Lisboa.

Arquitectura infraestrutural, barroca. Chafariz urbano, implantado numa ampla praça, fronteiro a um dos palácio dos futuros Marqueses de Pombal, incluído no plano setecentista de abastecimento de água a Lisboa, de espaldar flanqueado por pilastras rusticadas e pilastras toscanas, com aletas volutadas, contendo painel e tabela, sustentada por lacrimais, rematando em frontão triangular sem retorno. Possui três bicas em forma de carranca, que vertem para tanque trapezoidal de perfil galbado e bordos lisos. Chafariz implantado num amplo largo, criado propositadamente para o enquadrar, composto por muro em cantaria, parcialmente em perfil curvo, a que se adossam bancos de cantaria e onde se rasgam as portas de acesso à caixa de água. O chafariz apresenta o espaldar totalmente ornado por painel almofadado e tabela, esta ornada por palmetas e rosetão. No remate, distinguem-se os fragmentos de frontão, que enquadram o remate em frontão sem retorno, encimados por pináculos, envolvidos por acantos clássicos, dispostos em taça, onde sobressaem outros elementos florais. Destacam-se as carrancas, em bronze, com longas barbas e envolvidas por enrolamentos, as únicas que restam executadas neste material. O tanque, de forma trapezoidal, mas com os lados curvos, é tripartido interiormente por elementos de cantaria, individualizando três tanques, para onde vertem as três bicas.

Chafariz em cantaria de calcário lioz, de planta rectangular, assente numa plataforma de cinco degraus, dispostos em polígono, composto por espaldar rectilíneo, flanqueado por paraestática composta por pilastras, uma de silharia fendida e outra toscana, flanqueado por aletas volutadas; as pilastras sustentam amplo friso, que rematam em frontão triangular sem retorno e duplos fragmentos de frontão, rematados por pináculos galbados, que emergem de acantos e rosetas. O espaldar possui painel almofadado, com moldura recortada, encimado por tabela, também recortada, assente em falsas mísulas compostas por lacrimais, interrompida inferiormente por palmeta e curva na zona superior, onde se inscreve rosetão. Na base do apainelado, surgem três bicas em bronze, na forma de mascarões, que vertem para tanque trapezoidal, com os lados curvos e galbados, bastante profundo, de bordos simples, reforçados com chapa de ferro e tripartido interiormente por elementos de cantaria, apresentando, em cada um, réguas de ferro, para suporte do vasilhame.

Materiais

Estrutura em cantaria de calcário lioz; bicas em bronze; chapas e réguas em ferro.

Observações

*1 - Por decreto do Ministério da Cultura (dec. nº 5/2002 de 19 de Fevereiro) foi alterado o Decreto de 16 de Junho de 1910, publicado em 23 de Junho de 1910 que designava o imóvel como "Aqueduto das Águas Livres, compreendendo a Mãe de Água", passando a ter a seguinte redacção: "Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados, nas freguesias de Caneças, Almargem do Bispo, Casal de Cambra, Belas, Agualva-Cacém, Queluz, no concelho de Sintra, São Brás, Mina, Brandoa, Falagueira, Reboleira, Venda Nova, Damaia, Buraca, Carnaxide, Benfica, São Domingos de Benfica, Campolide, São Sebastião da Pedreira, Santo Condestável, Prazeres, Santa Isabel, Lapa, Santos-o-Velho, São Mamede, Mercês, Santa Catarina, Encarnação e Pena, municípios de Odivelas, Sintra, Amadora, Oeiras e Lisboa, distrito de Lisboa". *2 - tem uma classificação conjunta com o Palácio Pombal / Palácio dos Carvalhos (v. PT031106280172). A classificação como MN deveria revogar a classificação anterior, como IIP, o que ainda não se verificou.