Capela rural de pequena dimensão e feição rustica, construída possivelmente no século 16, posteriormente alterada e reformulada no século 20. Integra-se no conjunto de edifícios religiosos da denominada região saloia, caracterizados por exterior de tratamento arquitetónico austero e por um interior com um esquema planimétrico original básico, de nave única, sacristia e capela-mor. Apresenta uma planta poligonal composta pela articulação longitudinal de três corpos retangulares escalonados, correspondentes à galilé, à nave e à capela-mor, a que se adossaram, posteriormente, os pequenos corpos da sacristia e de uma nave lateral. Fachadas rebocadas e caiadas de branco com embasamento, cunhais e molduras dos vãos pintados de azul cubalto, característicos da região. De salientar neste imóvel a galilé de entrada tripartida com arco central assente sobre colunas. Numa das paredes exteriores da actual sacristia, lápide e abertura para recolha de donativos.
CAPELA: planta poligonal, composta pela articulação longitudinal de três corpos retangulares escalonados de um só registo, correspondentes à galilé, à nave e à capela-mor, a que se adossam, lateralmente, os pequenos retângulos da sacristia e de uma nave lateral. Fachadas rebocadas e caiadas de branco com embasamento, cunhais e molduras dos vãos pintados de azul cubalto. Coberturas diferenciadas com telhados de uma e duas águas, encimados por uma pequena cruz de pedra e um campanário com um sino. Fachada principal orientada a sudoeste, precedida de galilé fechada, aberta lateralmente por vãos retilíneos, e com acesso a sudoeste a partir de entrada tripartida por duas colunas de cantaria que centralizam um arco de volta perfeita. Interior percorrido, de ambos os lados, por banco corrido interrompido pela porta principal, de verga curva e moldura de cantaria, teto em madeira segundo um sistema de asnas. Sobre a galilé é visível a empena triangular da nave, vazada por óculo. Fachadas laterais divididas em três panos, correspondentes aos três corpos escalonados, rasgadas, no pano da galilé, por vãos retilíneos com moldura de cantaria e divididos por mainel em forma de coluna pétrea, na nave, na fachada lateral esquerda por pequeno vão retilíneo com moldura pétrea, sendo o pano da capela-mor antecedido pelo corpo da sacristia, rasgada por porta de verga reta e moldura pétrea a nordeste. A fachada lateral direita é antecedida desde meio da nave principal pelo corpo de uma nave lateral, menos profunda, servidos de porta de verga reta e pequeno vão. Fachada posterior em empena triangular rasgada por óculo encimado por emblema do orago. A iluminação do templo é realizada através das várias janelas e óculos que se encontram em todos os alçados. INTERIOR: não observado. CRUZEIRO: base formada por dois círculos em degrau, coluna simples encimada por cruz latina.
Materiais
Pedra, tijolo, estuque, madeira, telha cerâmica, vidro simples
Observações
EM ESTUDO. *1 – Decreto Regulamentar nº 8/94, de 11 de março. *2 – A construção posterior da atual sacristia veio responder à necessidade de alargar o espaço para melhor servir a paróquia que foi aumentando; a antiga sacristia terá sido transformada em nave lateral, o que explica o seu comprimento irregular em relação à nave principal.
