Arquitectura infraestrutural, seiscentista. Chafariz urbano, de espaldar simples, rectangular e comprido, rematado por cornija, flanqueado por pilastras toscanas, com tanque também rectangular, pouco profundo, de bordos simples, flanqueado por dois tanques baixos, com o mesmo tipo de plantas e bordos, estes ostentando bicas esféricas; possui, réguas de ferro para sustentação do vasilhame.
Chafariz em cantaria de calcário lioz, em aparelho isódomo, de planta rectangular, composto por espaldar rectilíneo, definindo um extenso muro, rematado por cornija, encimada por platibanda metálica vazada, com acrotérios nos ângulos, onde surgem as inscrições incisas "CML", no do lado esquerdo, e "1872", no do lado direito. No centro do espaldar surge um silhar em cantaria, emoldurado a calcário vermelho, onde existe a seguinte inscrição incisa: "ESTE CHAFARIS MANDOV A CAMARA DESTA CIDADE REFORMAR NO ANNO DE 1622 SENDO PRESIDENTE DELLA JOAO FURTADO DE MENDONÇA DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE", continuando na base da moldura "O QVAL SE REFORMOV COM O DINHEIRO DO REAL DAGVOA"; o silhar está flanqueado por duas janelas de arejamento, jacentes, com molduras de cantaria salientes e protegidas por grades metálicas. De menores dimensões que o espaldar, o tanque, rectangular, pouco profundo e de bordos simples, com a estrutura reforçada por gatos de ferro. Colateralmente ao tanque, regista-se a presença de dois tanques ao nível do pavimento, um de cada lado, também rectangulares, com bordos simples e com vestígios das antigas bicas, circulares; no interior, mantêm as réguas metálicas para apoio do vasilhame. No lado esquerdo do chafariz, surge, incluído no muro, um silhar emoldurado com as armas da Câmara de Lisboa e o escudo real.
Materiais
Estrutura em cantaria de calcário lioz; platibanda em ferro forjado; réguas e gatos de ferro.
Observações
*1 - o nome Chafariz de Dentro surge quando é construído o Chafariz de Fora ou Chafariz da Aguada; segundo alguns autores, o primitivo nome de Chafariz dos Cavalos pode ter a ver com o facto de se destinar àqueles animais; contudo, o facto de ter possuído umas bicas em bronze, em forma de cavalo, descritas por cronistas distintos, como Fernão Lopes e Damião de Góis, pode corroborar a hipótese destas definirem o nome desta estrutura.