Aglomerado proto-urbano. Povoado da Idade do Ferro com ocupação romana. Povoado fortificado / castro.
Apresenta três linhas de muralhas definindo a mais extensa delas um recinto de planta sensivelmente sub-triangular de vértices arredondados, coincidindo um deles com a zona mais elevada do cabeço. Nesta zona a muralha integra um torreão maciço, de estrutura aproximadamente tronco-cónica, suportada por três muros semi-circulares em patamares. Os flancos N. e O., de mais fácil acesso, estão ainda protegidos por um fosso externo. A espessura da muralha varia entre cerca de 3 a 4 m. No espaço interno a segunda muralha apresenta uma estrutura menos espessa, tendo sido identificados os vestígios de uma porta no troço voltado a E. Envolvendo apenas a zona mais elevada do cabeço, a primeira muralha apresenta três aberturas e vestígios de construções adossadas, de planta semi-circular. Por toda a encosta se encontram amontoados de pedra solta resultantes da ruína de habitações - algumas de planta circular e rectangular ainda identificável - e das próprias muralhas.
Materiais
Muralhas e construções em granito.
Observações
À semelhança de outros povoados do mesmo tipo, o local tem sido utilizado ao longo dos séculos como fonte fácil de obtenção de pedra para novas construções, acelerando-se assim o processo de destruição. Não foi ainda publicado o espólio arqueológico detectado no decurso das intervenções arqueológicas, mas o aparecimento de cerâmica de construção (tegulae e imbrices), bem como de umas de Tibério (PARENTE 1983: 267) e de 2 inscrições funerárias latinas (BOUZA BREY 1973 e ERVEDOSA 1982: 352 - 355) deixam supor a persistência do povoado em época romana.