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Edifício no Largo Conde Barão, n.º 9 a 12

Edifício no Largo Conde Barão, n.º 9 a 12

O ponto de interesse Edifício no Largo Conde Barão, n.º 9 a 12 encontra-se localizado na freguesia de Misericórdia no municipio de Lisboa e no distrito de Lisboa.

Edifício residencial multifamilair e comercial do séc. 20, com sete pisos, sendo o inferior cave e o último águas furtadas. Fachada principal estreita, rasgada por três eixos de vãos, a ritmo regular, terminando em platibanda plena com empenas sobre os eixos laterais, decoradas com painéis de azulejos, e sendo o central sobreposto por cornija abatida. Os vãos, de peitoril e de sacada, ao centro, têm verga recta nos pisos 1 a 3 e curva nos pisos 4 e 5, sendo encimados por cornijas em cantaria; o piso térreo é revestido a cantaria, sendo percorrido no terço superior por friso relevado com motivos fitomórficos, e, ao nível do terceiro piso, por friso de azulejos, com grinaldas. Interior de eixo longitudinal, tendo no piso térreo vestíbulo trapezoidal seguido de caixa de escada, encostada à empena lateral direita, com um fogo por piso, estruturado por corredor, tendo os tectos dos quartos e salas decorados com motivos geométricos e vegetalistas.

Planta rectangular, de massa simples, disposta na vertical, com cobertura em telhado de duas águas com clarabóia. Fachada principal voltada a N., de cinco pisos e um último correspondendo a águas-furtadas, rebocada e pintada a beije, rasgada por três eixos de vãos; apresenta remate saliente, em platibanda plena, formando sobre os eixos laterais empenas sobrelevadas, com motivo decorativo central, e ornadas com painéis de azulejos, monocromos azuis sobre fundo branco, com motivos fitomórficos enrolados e concheado, e o central sobreposto por cornija abatida; sob o remate da fachada, subdividem os vãos ao nível do quarto e quinto piso pilastras, em massa, com elemento fitomórfico no arranque. Os vãos possuem verga recta nos pisos 1 a 3, abatida nos piso 4 e em volta perfeita no 5, todos sublinhados por moldura em cantaria com o mesmo perfil, de ângulos laterais abertos no segundo piso, sobreposta por frontão no terceiro, de moldura interligada por friso no quarto e formando pequena voluta no quinto, onde os vãos têm dupla moldura convexa. Os vãos centrais são mais largos e de janela de varandim com guarda em ferro decorada com motivos volutados estilizados no segundo piso e de sacada assente em três mísulas em cantaria, com guarda igual, do terceiro ao quinto pisos; os eixos laterais correspondem a janelas de peitoril, este de cantaria e com pano de peitoril em ferro. Todas as caixilharias são de duas folhas e integram bandeira. Piso térreo revestido a cantaria, com o terço inferior ressaltado e possuindo friso decorativo com motivos vegetalistas, cartelas e remate em cornija recta ou angular no terço superior, sendo rasgado por amplo vão de montra, central, ladeado por duas portas, a da esquerda de acesso ao estabelecimento, e a outra de acesso aos fogos. A nível do terceiro piso, a meia altura das janelas e a toda a largura da fachada, surge friso decorativo, em azulejo monocromo azul sobre fundo branco, com grinaldas. Cobertura com três janelas de água-furtada. Fachada lateral esquerda, voltada a E., com seis pisos, cada um deles rasgado por quatro vãos tipo fresta, e terminada em empena. Fachada posterior, voltada a S., tendo corpo cego adossado ao piso térreo, e rasgando-se, do segundo ao quinto piso, três eixos de vãos rectilíneos, com moldura em cantaria, de sacada, com guarda em ferro, individual no segundo piso e comum nos restantes pisos; remate em beirado. Ao nível do telhado possui três janelas de água-furtada. INTERIOR de eixo longitudinal, com caixa de escada encostada à empena lateral direita, na sequência de vestíbulo, este de planta trapezoidal, com pavimento em mármore e tecto decorado com uma moldura em estuque e quatro florões nos ângulos; escada estreita, em madeira, de lanços paralelos e patamares intermédios nos quais se situa a porta de acesso aos fogos, um por piso, com guarda em ferro e corrimão em madeira. Apresenta sete pisos, um correspondente à cave e outro às águas furtadas. Cave, piso térreo e primeiro andar ocupados pelo Banco Espírito Santo, ligados interiormente por escada de dois lanços e patamares intermédios encostada à empena lateral esquerda e à fachada posterior; a cave é dividida em três salas inter-comunicantes; piso térreo amplo, de atendimento ao público, balcão do lado direito e duas salas pequenas, ao fundo; primeiro andar, de planta ampla dividida em três zonas, na primeira uma área comum, aberta, com uma porta de acesso á escada do prédio, e um gabinete da gerência, a central ocupada por instalações sanitárias, a última, aberta, de back ofice. Plantas do segundo ao quarto andar idênticas, estruturadas em função de corredor longitudinal, perpendicular à fachada principal e encostado à caixa de escada - três salas inter-comunicantes dispostas ao longo da fachada principal, uma casa de banho e três quartos dispostos ao longo da fachada lateral esquerda, uma sala e cozinha com despensa, ao longo da fachada posterior e uma divisão interior entre a cozinha e a caixa de escadas. Pavimentos em soalho de madeira nos corredores, salas e quartos, e em tijoleira na cozinha e casa de banho, tectos com estuques decorativos com motivos geométricos e vegetalistas em todas as salas e quartos, paredes em tabique com portas em madeira com bandeira envidraçada. O último piso, de águas-furtadas, apresenta planta de estrutura idêntica à dos restantes pisos de habitação mas de menor área, com apenas dois quartos ao longo da fachada lateral direita e sem o quarto interior, e decoração mais simples, sem estuques decorativos nos tectos.

Materiais

Estrutura de alvenaria rebocada; guardas em ferro; painéis e friso de azulejos monocromos azuis sobre fundo branco; molduras dos vãos em cantaria; pavimento em soalho de madeira e de tijoleira; tectos de estuque; cobertura de telha.

Observações