Arquitectura infraestrutural, barroca e rococó. Chafariz de espaldar flanqueado por cunhais apilastrados, rematado em empena recortada e contracurvada, sobrepujada por cornija e fogaréus. As bicas, em forma de mascarões, vertem para tanque rectangular e para pequena pia. A estrutura é alimentada por uma levada que transporta a água a partir de uma linha, situada a montante.
Chafariz de planta rectangular, em cantaria de granito aparente, em aparelho isódomo, alimentado por uma levada, à direita do espaldar, que transporta água uma linha de água, afluente do Rio Mondego, a cerca de 200m.. A levada é executada em alvenaria e vence uma distância de cerca de 30m. até à ribeira que lhe está a montante *1. O paramento do espaldar e o tanque assentam num embasamento estrutural em alvenaria, que se eleva cerca de 70 cm. da cota do solo, sendo o espaldar embutido num trecho de muro de suporte de terras, bastante arruinado, e combro, que define um socalco em cota superior, com cerca de 1,5m.. O espaldar forma uma empena recortada, com cerca de 6,5m de altura por 60cm de espessura, definido lateralmente por cunhais apilastrados, sobre os quais assentam fogaréus *2, o da esquerda amputado ao nível do vaso e o da direita ao nível da chama. O remate eleva-se em dois movimentos contracurvos, guarnecidos com friso liso, com os vértices decorados por enrolamentos e concheados; a parte superior é curva e remata em cornija, destacando-se a chave, de onde pende um brinco. No topo um fogaréu, completo, de secção cilíndrica, formado por pé, vaso bojudo e chama. Na base do espaldar estão duas gárgulas decorativas, em forma de mascarão, com cabelos formados por estilização fitomórfica e, das suas bocas, é debitada água para o tanque, através de bicas tubulares de bronze. O tanque está adossado à face principal; de planta rectangular, com cerca de 70cm. de profundidade interior, mas elevando-se a cerca de 1,60 da cota do solo, formado por paredes lisas de cantaria, com cerca de 20 cm. de espessura, com juntas fechadas a argamassa e gateadas, com o fundo lajeado, existindo duas incisões laterais, a cerca de 1 m, do espaldar, para drenagem do excesso de água; bem como uma outra, junto ao canto frontal esquerdo, que debita para uma pia de cantaria granítica, que serve de bebedouro *3.
Materiais
Cantaria e alvenaria de granito exposta; argamassas de cal hidráulica; bicas e grampos em bronze.
Observações
*1 - encontra-se em mau estado e é quase imperceptível pelo denso silvado que a esconde. *2 - os fogaréus laterais foram vandalizados; contudo seriam idênticos ao fogaréu ainda subsistente no topo do espaldar. *3 - a pia está totalmente recoberta de vegetação, sendo difícil a sua detecção e impossível o seu uso no estado actual.