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Palacete da Ribeira Grande

Palacete da Ribeira Grande

O ponto de interesse Palacete da Ribeira Grande encontra-se localizado na freguesia de Alcântara no municipio de Lisboa e no distrito de Lisboa.

Palácio barroco e ecléctico organizado dentro de um rectângulo, integrando capela como entidade semi-autónoma e tratamento diferenciado ao nível da fachada.

Extensa construção de planta rectangular e volumetria escalonada, desenvolve-se em dois pisos e quinze tramos em que dominam as linhas horizontais. Desenvolvendo-se ao longo da rua da Junqueira, é temperado pela composição em altura de um corpo central e dois corpos extremos extremamente marcantes na estrutura do alçado principal, virado a Sul. O corpo central constitui o eixo de simetria e, avança em relação ao corpo principal o suficiente para evidenciar a sua função de acesso e entrada no espaço interior do Palácio. Nele, rasga-se um portão, ladeado por outros mais estreitos, ambos cobertos por uma varanda que abarca as três aberturas do piso superior. Sobre este conjunto levanta-se o frontão triangular, com as armas dos Câmaras, encostado a um alto espaldar, coroado por platibanda arrendada e ornada de acrotérios sendo a cobertura feita por telhados diferenciados a duas e a quatro águas. Uma forte cornija parte então da base do frontão, ao longo de toda a fachada, continuando pelas faces laterais, acompanhada por platibanda semelhante à do corpo central. Os corpos laterais, idênticos, desenvolvem-se em dois níveis, cada um animado pelo rasgamento de seis janelas, de peito no piso térreo e de sacada no piso superior, sendo as duas dos extremos, de emolduramento mais elaborado e coroadas por áticas. Lateralmente delimitados por cunhais de cantaria, os corpos laterais apresentam ainda um remate superior em platibanda vasada e cobertura em terraço. O alçado posterior, sobre os terrenos dos antigos jardins, apresenta cinco corpos, sendo os do meio e extremos de dois pisos, ao contrário dos intermédios que se desenvolvem apenas ao nível térreo. O corpo central é também aqui rematado por frontão triangular coroado com a pedra de armas dos condes da Ribeira Grande. No extremo mais ocidental do Palácio surge a fachada principal da capela de invocação a Nossa Senhora do Monte do Carmo que apresenta três corpos de dois andares correspondentes: o do meio, ao interior da nave, e os outros, mais estreitos, ás capelas laterals e ás tribunas. O primeiro é coroado por frontão triangular, sobrepujado por um elevado ático, onde se rasga uma clarabóia semicircular. A concordância com os corpos laterais faz-se por aletas curvas. A ordem e a simetria exteriores não têm correspondência no interior do palácio, onde a planta é dificilmente legível, uma vez que a sequência de espaços se efectua sem qualquer principio de composição ; o que demonstra que a fachada foi aposta a um conjunto de acrescentamentos. Isto explica certas incongruências, sendo a primeira que a entrada que figura como principal, uma vez transposta a porta, pareça menos que secundária, apenas uma passagem de recurso, sem acesso ao andar nobre. No interior merece ainda referência a antiga capela, com planta rectangular quase quadrada, nave única e capelas laterais, sobrepujadas, no nível superior pelas tribunas, apresenta a cobertura vasada ao centro ostentando um varandim de balaústres. Na capela-mor, coberta por abóbada de berço segmentar, observa-se o retábulo delimitado lateralmente por 2 colunas e superiormente por um frontão curvo, enquadra uma composição pictórica tendo por temática o orago, da autoria de Máximo Paulino dos Reis.

Materiais

Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, mármore, estuques pintados, madeira dourada e pintada, ferro forjado

Observações