Arquitectura militar, medieval e da restauração. Fortaleza de raiz medieval da qual mantém parte da muralha do castelejo com cubelos rectangulares, acrescentada e circundada por baluartes em forma de estrela e por revelins da época da Guerra da Restauração. Praça fronteiriça de grande importância estratégica na centúria de seiscentos, considerada a chave do Guadiana e um dos poucos lugares identificados como azóia ou arrábida na época medieval.
Compõe-se de duas cinturas de muralhas: uma interior correspondente ao castelejo, de planta poligonal irregular envolvida por outra de tipo abaluartado, de planta estrelada, com os ângulos flanqueados por guaritas com vigias. Extramuros, a NE., existe outro baluarte menor de planta irregular (baluarte de Elvas), e, do lado oposto, revelins. A porta principal do baluarte é em arco pleno encimada por frontão com vigia de sentinela. A fortificação interior é parcialmante constituída por troços da muralha do castelejo (lados NO., N. e NE.) com cubelos rectangulares ameiados e percorrida por caminho de ronda, sendo a restante parte abaluartada em estrela (SO., S. e SE.). No interior do recinto muralhado permanece a antiga cisterna com estrutura de planta rectangular, dividida em três naves de três tramos de arcadas plenas, apoiadas em pilares.
Materiais
Alvenarias mistas e de taipa militar (fortificação interior); alvenaria de taipa de enchimento com um pano exterior em alvenaria de pedra, rebocada (fortificação exterior).
Observações
*1 - Anteriormente a esta época, foram descobertos alguns vestígios de elementos arquitectónicos visigóticos, como um pé de altar que estava incorporado na caixa murária de uma das torres, que apontam para a possível pré-existência de um templo.