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Forte de Nossa Senhora da Conceição

Forte de Nossa Senhora da Conceição

O ponto de interesse Forte de Nossa Senhora da Conceição encontra-se localizado na freguesia de União das freguesias de Cascais e Estoril no municipio de Cascais e no distrito de Lisboa.

Arquitectura militar, oitocentista. Parapeito construído no séc. 19, depois da destruição do Forte dos Inocentes ou de Nossa Senhora da Conceição, que seguia as características gerais dos fortes construídos ao longo da costa depois da Restauração. O posicionamento do Forte dos Inocentes ou de Nossa Senhora da Conceição permitia-lhe cobrir com fogo de artilharia as praias adjacentes, especialmente a de Nossa Senhora da Conceição, bem como impedir a aproximação de embarcações inimigas. Tinha a particularidade de se adaptar à plataforma natural onde se erguia.

Parapeito que parece coincidir parcialmente com o bastião ou bateria do antigo forte de Nossa Senhora da Conceição *3.

Materiais

Cantaria calcária

Observações

*1 - Forte de Nossa Senhora da Conceição (restos das muralhas). A designação do Forte adveio-lhe da ermida de Nossa Senhora da Conceição dos Inocentes, construída nas proximidades. *2 - Classificação conjunta do Chalet Faial (incluindo toda a área de terraço e muros) (v. PT031105030141), Palácio Palmela (v. PT031105030064) e fixa uma Zona Especial de Proteção conjunta que abrange o Forte de Nossa Senhora da Conceição (v. PT031105030009). *3 - O forte tinha planta rectangular, tendo na face posterior os alojamentos, que ocupavam a área sensivelmente igual à bateria. Na face virada a O. rasgava-se ao centro a porta do forte que acedia a ampla divisão, que comunicava com a bateria e os compartimentos destinados ao quartel, cozinha, casa da palamenta e paiol de pólvora, todos abobadados; superiormente possuía terraço com parapeito, acedido por escada a partir da plataforma da bateria e que servia para tiro de mosqueteria; adossado ao muro O. dos alojamentos existia ainda uma dependência exterior. Num relatório datado de 26 de Março de 1854, o Brigadeiro José G. F. Passos e do Capitão Engenheiro Joaquim A. E. Vaz, descrevem o forte como tendo planta pentagonal, apresentando uma das faces para E. de 76 palmos de comprimento com 3 canhoneiras, 2 para S., de 36 palmos cada uma onde existiam 3 canhoneiras e 1 para O., igualmente com 76 palmos comprimento e 3 canhoneiras. Os parapeitos tinham 5 palmos de grossura. Um lajedo geral formava o terrapleno e plataforma com inclinação para o parapeito. Na bateria havia um pequeno paiol abobadado, ficando a sua entrada virada a S. Um través de alvenaria de 50 palmos de extensão e de suficiente espessura forma o 5º lado do pentágono para o lado N. e servia para cobrir os quartéis onde se podia alojar 18 praças, a casa da palamenta e outro paiol maior que o primeiro tudo coberto de telhados armassados.