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Igreja do Divino Salvador

Igreja do Divino Salvador

O ponto de interesse Igreja do Divino Salvador encontra-se localizado na freguesia de Vilarinho das Cambas no municipio de Vila Nova de Famalicão e no distrito de Braga.

Arquitectura religiosa, do séc. 20. Igreja paroquial contemporânea de planta longitudinal com uma só nave, torre sineira e sacristias adossadas lateralmente. Fachada principal enquadrada por cunhais com frontão triangular, portal de verga curva encimado por janelão rectangular. Decoração interior com azulejos, retábulo de mármore e pinturas no tecto.

Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor rectangulares, torre quadrangular e sacristias rectangulares adossados, respectivamente, à esquerda e à direita. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas e uma águas. Alçados percorridos por embasamento avançado e cornijas, com cruz sobre acrotério nas empenas. Fachada principal definida por cunhais, rematada por frontão triangular sobrepujado por cruz sobre acrotério, revestida a azulejos estampilhados azuis e brancos. Portal rectangular de verga curva encimado por janelão rectangular, definindo entre si uma cartela em granito decorada com estrela de cinco pontas e a inscrição "1954 ANO MARIANO", ladeado por dois registos de azulejos figurando à esquerda o Divino Salvador e à direita Nossa Senhora da Paz. Alçado direito rasgado por porta e dois janelões na nave, duas portas e duas janelas no primeiro piso e quatro janelas no segundo piso, nas sacristias. Alçado esquerdo com porta e dois janelões na nave e janelão rectangular na capela-mor. Torre sineira com acesso exterior, delimitada por cunhais de cantaria e três registos marcados por cornijas, tendo no inferior a porta, no segundo o relógio e no superior quatro sineiras em vãos de arco pleno remate em balaustrada com pináculos nos cunhais e coruchéu com cruz de metal e catavento. É forrada de azulejos nas 4 faces. Interior com lambril de azulejos estampilhados com motivos alusivos à Paixão, azuis, brancos e amarelos, coro-alto assente em pilastras de betão; sub-coro tendo à esquerda pia baptismal de granito num vão de arco pleno cerrado por grade em ferro. Colateralmente duas portas e dois janelões rectangulares, dois altares em mármore, um púlpito de base quadrangular em granito sobre mísula com folha de acanto, balaustrada e corrimão de madeira e escada de cimento. Pavimento em madeira, com corredor central em tijoleira e tecto de perfil curvo, em estuque, com caixotões pintados de azul e rosa e roseta de talha dourada, assente em cornija de madeira imitando granito. Arco triunfal de arco pleno sobre pilastras tendo de cada lado duas mísulas com o Coração de Jesus à esquerda e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro à direita. Capela-mor com lambril de mármore, duas portas uma acesso à sacristia e outra a um corredor para o exterior. Altar-mor de mármore, assente em três degraus e estrado de mármore com retábulo de mármore e madeira encimado por duas urnas de madeira e dois querubins de mármore, rematado por pelicano e cruz. O trono eucarístico de mármore policromo, ladeado por seis colunas de mármore branco, possui no centro o Crucificado com o Divino Salvador à sua esquerda e à direita São José. Pavimento em madeira e mármore e tecto de perfil curvo, em estuque, com caixotões e rosetas pintados de castanho claro, bege, azul e rosa assente em cornija de granito. Sacristias com pavimentos e tectos em madeira.

Materiais

Granito na estrutura do monumento, no púlpito e na pia baptismal; altares em mármore; azulejos nas paredes; madeira nas portas, cornija da nave, balaustrada e corrimão do púlpito, soalhos e tectos das sacristias; estuque nos tectos da nave e capela-mor; cobertura exterior em telha; cruz e catavento da torre sineira em metal; grades de ferro.

Observações

*1 - Deverão ser provenientes deste templo medieval os quatro fragmentos de colunas que integram o espólio do Museu Pio XII de Braga; *2 - Este retábulo, entretanto apeado e em mau estado de conservação, foi vendido, nos anos 50 deste século, a um particular de Guimarães, sendo utilizado o produto da venda nas obras do actual edifício.