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Castelo de Guimarães

Castelo de Guimarães

O ponto de interesse Castelo de Guimarães encontra-se localizado na freguesia de União das freguesias de Oliveira no municipio de Guimarães e no distrito de Braga.

Arquitectura militar, românica, gótica. Castelo roqueiro de planta pentagonal, com cerca reforçada por oito torres quadrangulares, delimitando a praça de armas, no centro do qual se implanta a torre de menagem. De origem românica, o castelo, segundo Alfredo Guimarães, apresenta um modelo francês, com disposição geométrica em forma de escudo, com recinto central reduzido e de difícil acesso. Possui diversas características góticas, pois terá sido remodelado já nos finais do séc. 13 e durante o século seguinte, sendo acrescentada a torre de menagem e a alcáçova, possivelmente construidos sobre construções já existentes. É a imagem emblemática do castelo medieval português, associando-se às origens da nacionalidade. No entanto, o conhecimento das suas várias fases e organizações, desde a sua fundação no séc. 10 é muito deficiente, sendo o edificado actual, maioritariamente, o resultado das reconstruções da segunda metade do séc. 13 e seguintes. A observação das cortinas e de restos ainda existentes, levou Carlos A. F. de Almeida a acreditar que as torres de flanqueamento ou foram adicionadas tardiamente às partes românicas ou estão em troço de construção gótica.

Planta regular, pentagonal, composta por muralha reforçada por oito torres, delimitando a praça de armas, no centro do qual se implanta a torre de menagem. Nos extremos N. e S. a muralha prolonga-se ligeiramente, estando outrora ligada à muralha que protegia a cidade. Volumetria de dominante horizontal, quebrada pelo verticalismo da torre de menagem, com coberturas em terraço e em telhados de quatro águas nas torres S., NE. e torre de menagem. Paramentos em cantaria aparelhada, com muralha e torres rematadas por merlões chanfrados, alguns rasgados por seteiras. Acesso principal à praça de armas, no centro do pano E. da muralha, por portal em arco angular inscrito em vão de arco de volta perfeita, visível apenas no interior, precedido por escadaria semi-circular, ladeado por duas torres. O outro acesso é feitos através do extremo N. do pano de muralha O., também por portal protegido por duas torres, em arco quebrado, conhecida como porta falsa ou da traição. Torre S., rasgada pela antiga porta da muralha, entaipada, de arco de volta perfeita. A muralha é percorrida interiormente por caminho de ronda, com acesso por duas estreitas escadarias divergentes, junto ao portal principal. Adossada à muralha, pelo interior, do lado N., existem vestígios da antiga alcáçova com paredes rasgadas por grandes janelas e chaminés distribuídas pelos dois registos. Torre de menagem quadrangular, com cerca de 27 m de altura, com panos murários de três registos, rasgados por frestas e acesso ao nível do segundo, por um estreito passadiço de madeira, comunicante com o caminho de ronda, a O. INTERIOR da torre, de três pisos, com espaços únicos, comunicantes por escadarias, com pavimentos e tectos de madeira.

Materiais

Estrura em cantaria de granito; portas, travejamento das coberturas, pavimentos, escadas e passadiço da torre de menagem em madeira; coberturas da torre S., NE. e de menagem em telha de canudo.

Observações

*1 - Trata-se de uma Zona Especial de Proteção Conjunta do Castelo de Guimarães (v. PT01030834011), Igreja de São Miguel (v. PT01030834006) e Paço dos Duques de Bragança (v. PT01030834013). *2 - As muralhas da cidade ligavam-se ao castelo, nos flancos N. e S., deixando da parte de fora a muralha do castelo virada a O.. *3 - desta primeira fase de construção do castelo, a mando da condessa Mumadona, não restam quaisquer vestígios.