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No Distrito de Beja, a cerca de 10 kms da sede do concelho de Almodôvar, ao qual pertence, a freguesia de Rosário tem por orago Nossa Senhora do Rosário, conforme a indicação toponímica, e é composta pelos seguintes lugares: Dos Neves, Monte do Testa e Rosário.
O seu povoamento deverá ascender ao período da cultura megalítica, tal como atesta a existência de um esteio de uma anta ou dólmen, situado no lugar da Anta. Rosário constitui um ponto muito importante no estudo das raízes da humanidade, visto que para vários arqueólogos, a origem do megalítismo no Ocidente teve lugar exactamente na zona do Alentejo, na qual Rosário se insere, e ainda na Estremadura.
Eclasiasticamente, a sua fundação é igualemente bastante remota; a sua padroeira, Nossa Senhora do Rosário, inicialmente, Santa Maria expressa tão vetusta devoção, que se registava no Norte do País, já no século X, e foi transportada para o Sul pelos repovoadores. Tinha por prior um freire professor, num priorado da Ordem de Santiago, a qual se revelou, sobretudo, no tempo de D.Sancho II, que teve um papel preponderante no povoamento da região do Alentejo.
No administrativo, a freguesia de Rosário pertenceu, inicialmente, ao termo de Ourique; beneficiou do foral concedido à antiga vila de Almodôvar, dado por D.Dinis, em 1285, e ainda do Foral Novo, outorgado por D. Manuel I, em 1512. Pertenceu ao Bispado e distrito administrativo de Beja, mais tarde, em 1839, aparecia enquadrada na comarca de Ourique; em 1852, na de Mértola, em 1874 na de Almodôvar, e em 1878, regressava novamente à de Ourique.
Quanto ao património cultural e edificado há a considerar na freguesia: a Igreja Matriz, a Capela da Senhora das Neves, o menir, os moinhos de vento e de água e a Fonte Santa. Os locais considerados de maior interesse turístico, são: as barragens e a Reserva de Caça Turística e Associativa.
Em termos económicos, é de salientar que entre as principais actividades, ressaltam as de carácter rural: a exploração agrícola, a olivicultura e a criação de gado, sobretudo ovino, bovino, caprino e suíno. Contudo, mais recentemente, o sector industrial tem-se desenvolvido, nomeadamente no fabrico de mobiliário, na panificação, na serralharia, na carpintaria, na construção civil, na indústria de transformação de carnes (enchidos), na indústria de mármores e na caixilharia de alumínios, levando a um melhoramento do nível de vida local.
