PAlacete maneirista.
Planta regular, composto por três pisos, com uma relação de massa regular, embora com uma certa tendência à verticalidade na fachada. A cobertura rematada por beiral e uma cimalha em pedra. A fachada principal, voltada à praça (S.), apresenta um grande pórtico central, guarnecido a cantaria com dois registos assente num soco e sobrepujado de frontão triangular interrompido, ostentando uma pedra de armas da Vila de Óbidos. Ladeando o pórtico, simetricamente, duas janelas também guarnecidas a cantaria, sendo a superior sobrepujada de um registo mais evidente; fórmula esta que se repete no piso superior, nas três janelas de sacada, alinhadas pelos vãos do rés-do-chão. Entre estes dois pisos, encontra-se um outro que apenas tem vãos rasgados para a Rua de São Teotónio e para a parte posterior do imóvel. A fachada do edifício, até ao limite do piso superior, é em cantaria, tal como os seus cunhais. O seu INTERIOR, profundamente adulterado nas obras de adaptação às funções a que hoje está atribuído, compõem-se de área de serviços no rés-do-chão, por sala de arquivo dos CTT e central automática da empresa Portugal Telecom, e por habitação no 2º andar. Na parte posterior do imóvel ( a N.) existe um pátio murado, com acesso exterior feito através de um portão que abre para a Rua de São Teotónio.
Materiais
Coberturas em telha mourisca e romana; paredes em cantaria e alvenaria de pedra rebocada e caiada, com aplicação de cantaria no acabamento dos vãos e nos cunhais, madeiras e vidros nas caixilharias dos vãos (portas e janelas), ferro nas guarnições das janelas de sacada. Estrutura entre pisos em laje de betão, pedra nos pavimentos do rés-do-chão.
Observações
A pedra de armas da Vila de Óbidos é recente e, primitivamente, no seu lugar deveria ter existido uma outra com as armas da família Aboim.
