Casa nobre renascentista. Colunata dórica sustentando um alpendre coberto com 4 águas.
Planta simples, regular, longitudinal, com massas simples dispostas horizontalmente. Coberturas diferenciadas, de duas águas no corpo central e de quatro no alpendre. Fachada principal orientada a S. apresenta pano único com dois andares e escada de dois lanços. No superior implanta-se alpendre quadrangular com imponente entablamento assente em colunas jónicas de fuste monolítico e duas mísulas. Nos ângulos surgem gárgulas cilíndricas, parapeito elevado em pedra, escadaria de acesso embebida na estrutura murária da nova casa. Da fachada N. já nada resta. No alçado 0. de um só pano restam os cunhais em pedra e parte da varanda que assenta em três mísulas descarregando uma delas num fuste monolítico. INTERIOR: serve de anexo à casa de habitação que o proprietário fez construír; espaço unificado coberto por tecto de madeira.
Materiais
Pedra, alvenaria, madeira, telhas.
Observações
*1 - Proposta a classificação como VC. *2 - Afonso DUARTE - 1941 / 12 defende que esta casa seria de João de Ruão porque o escultor tinha algumas terras aforadas na área e também por a sua traça ser sólida e classizante. Por outro lado a situação priveligiada desta residência junto a uma linha de água permitiria ao artista aí instalar a sua oficina para executar as obras que elaborou na região.