Conjunto arquitetónico residencial multifamiliar. Habitação económica de promoção pública estatal (HE-FCP, Federação das Caixas de Previdência - Habitações Económicas). Conjunto de média dimensão composto por edifícios multifamiliares de quatro pisos, com fogos T3, T4, T5 e T6, formando quarteirões abertos.
Conjunto habitacional formado por um bloco em banda (paralelo à Avenida da Liberdade), e três blocos paralelos entre si (perpendiculares à Avenida Imaculada Conceição). Edifícios de quatro pisos, com 64 fogos (quatro fogos T3, quatro fogos T4, trinta e dois fogos T5 e vinte e quatro fogos T6).
Materiais
Paredes rebocadas e pintadas; embasamento em granito aparente; molduras dos vãos em granito; caixilharias das janelas em alumínio; guardas das varandas em ferro pintado; vidros simples nas portas e janelas; tijolo de vidro em determinados vãos, cobertura exterior de telha.
Observações
Nuno Teotónio Pereira ingressa para para a Federação das Caixas de Previdência - Habitações Económicas (HE-FCP) em 1948, mantendo-se até 1972, ano de encerramento de actividade deste organismo. A HE-FCP foi um organismo coordenador, dotado de meios técnicos para executar habitações económicas, que depois de concluídas eram entregues às caixas comparticipantes, a fim de serem administrados por essas entidades. O arquiteto Nuno Teotónio Pereira criou equipas de trabalho qualificadas para a execução dos conjuntos habitacionais, convidando vários arquitectos, como Nuno Portas, Bartolomeu Costa Cabral, Vasco Croft de Moura, Fernando Távora, João Andresen, Filipe Figueiredo, entre outros. Foi dada grande autonomia ao nível do projeto, a partir da qual se desenvolveu a experimentação tipológica e a criação de propostas com várias escalas de linguagem. 2 - A planificação dos empreendimentos tem por base os inquéritos prévios realizados pelo Serviço de Inquéritos Habitacionais do Ministério das Corporações e Previdência Social, os quais determinavam o número de fogos a construir, as fases de construção, os tipos e categorias de fogos, em função das carências locais, e da dimensão e capacidade económica dos agregados familiares. *3 - Através do arquiteto Nuno Teotónio Pereira, o arquiteto João Braula Reis ingressa na HE-FCP para coordenar o Gabinete de Arquitetura, criando novas equipas e novas metodologias de trabalho, onde se aposta na individualização de cada obra, através de projetos dirigidos e contextualizados, em negação aos projeto-tipo; por outro lado, participavam ativamente no estudo de todos os aspetos referentes à construção económica da habitação. Surgem os projetos experimentais focalizados nas vivências do espaço por parte dos utilizadores.