Portal Nacional dos Municípios e Freguesias

Freguesia de Landeira

Freguesia de Landeira - Municipio de Vendas Novas

Menu da Freguesia

Landeira é uma freguesia portuguesa do concelho de Vendas Novas, com 69,64km de área e 622 habitantes (Censos 2021). Densidade: 10,4 h/km.

 

Landeira, freguesia pertencente ao concelho de Vendas Novas, situa-se a oeste do Alentejo central, numa transição entre a região do Alentejo e do vale do Tejo. Detentora de uma área que ronda os 69,64 km 2, a freguesia da Landeira composta pelos lugares de Nicolaus, Bicas, Moinhola, Quinta de Sousa, Monte do Vale, Monte do Prédio, Monte da Azeda, Monte do Outeiro e Moinho da Moita.

Landeira é considerada a aldeia mais velha do concelho de Vendas Novas, datando as primeiras referências á mesma do século XII, altura em que o geógrafo árabe Edrici a aponta como pousada ou paço de jornada na estrada muçulmana de Lisboa - Évora. Segundo os documentos do século XIV, Landeira foi palco das honras feitas ao casamento entre o Rei Henrique IV de Castela e a Infanta portuguesa D. Joana: “Além das festas que em Lisboa se fizeram mui grandes, outras honradas justas na Landeira”.

Esta aldeia surgiu ainda referida nas crónicas de D. João II, da autoria de Rui de Pina e Garcia de Resende, que relataram a passagem do Rei Perfeito por terras da Landeira, de modo a fugir ao Duque de Viseu, que o queria matar. No Auto da Exortação da Guerra, no Auto da História de Deus e no Auto da Festa, Gil Vicente faz também referência a Landeira, considerando-a como a noitada menos tragável no jornadear de Lisboa a Montemor e Évora.

Conhecida pela estrada dos Espanhóis, Landeira rapidamente cresceu, pois, uma vez que era um cruzamento de caminhos, aqui afluíam camponeses, mercadores, cristãos, judeus e mouros, reis e bandidos, nobres clérigos e viajantes.

Administrativamente, pertenceu ao Concelho de Alcácer do Sal de 1895 a 1898, ano em que passou a estar integrado no Concelho de Montemor-o-Novo. Em 1962 passou para o Concelho de vendas, onde está integrado desde então. Em termos eclesiásticos, foi uma capelania e um corato da Ordem de Santiago, com apresentação pela Mesa da Consciência.

Segundo publicação no D.R., III Série de 12 de3 Julho de 1996, o brasão da freguesia da Landeira apresenta a seguinte ordenação heráldica: “Escudo de parta, faixa – pala em ponta, de vermelho, acompanhada em chefe por duas landes, com pés e folhas, tudo de verde. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro em maiúsculas LANDEIRA.”

O orago da acolhedora freguesia é Nossa Senhora da Nazaré, cuja celebração se realiza no mês de Maio. A Nossa Senhora da Nazaré estão associados muitos milagres, sendo o mais célebre o de D. Fuas Roupinho. Diz a tradição que, a 8 de Setembro de 1182, num dia de nevoeiro, o cavaleiro se encontrava a caçar perto da Basílica de N0ossa Senhora da Nazaré, tendo sido atraído por um veado em direcção ao abismo do promontório. No momento em que D. Fuas se apercebeu que estava prestes a lançar-se para o precipício, evocou a virgem e, milagrosamente, o cavalo estacou a sua marcha e o cavaleiro salvou-se. Desde então o culto de Nossa Senhora da Nazaré não parou de atrair fieis.

 
Fonte: Freguesia de Landeira

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA NAZARÉ

LANDEIRA

LUGAR DE CULTO E PATRIMÓNIO SECULAR

 

Trata-se da construção mais antiga do Concelho e uma rara e importante obra de transição do Gótico para o Manuelino. Por isso e pela grande valia das suas Capelas, imagens e alfaias de culto, bem merece a atenção de todos.

 

Landeira, terra de montado, ribeiras e ponto de passagem obrigatório na estrada dos espanhóis, foi nos séculos XV e XVI propriedade de Fidalgos, mas a sua existência é referida desde o século XII. Por ser lugar antigo já pertenceu às mais diferentes regiões, nomeadamente à Comarca de Setúbal, ao Concelho de Arraiolos, Montemor-o-Novo, Alcácer do Sal e de Vendas Novas, onde pertence desde 1962.

As terras conservam elementos mouriscos, o que confirma a possível ocupação árabe, durante a qual a toponímia seria Laven, dando a origem a Landeira.

Em 1520 já existe registo da existência da Igreja, uma capelaria da ordem de Santiago, onde o pároco local tinha de rendimento anual cento e oitenta alqueires de trigo, cento e vinte de cevada e dez mil réis em dinheiro.

Mais tarde, Nossa Senhora da Nazaré passou a ser a Padroeira da Freguesia e a Igreja existente ao seu culto se dedica. A velha e modesta Igreja, quase se confunde com as típicas casas Alentejanas baixas que a envolvem, não fosse o largo onde se situa, a sineira e o recente Cruzeiro que marca o lugar, quase não dávamos por ela. No entanto trata-se da construção mais antiga do Concelho e o seu valor arquitetónico é inigualável. Depois do terramoto de 1755 e do abandono a que foi exposta a igreja sofreu alguma descaracterização, tendo valido as obras de recuperação levadas a cabo em 1980 por uma Comissão constituída por gente da aldeia que, para além de reparos no interior, construíram mais duas salas que funcionam como Capela Mortuária e Sala de catequese e em 1988 restauraram o Cruzeiro e cimentaram o quintal.

No quintal ainda hoje está exposta a Pia Gótica Octogonal retirada de dentro da igreja durante as obras de recuperação e que ali foi ficando com receio que no transporte se acabasse por danificar devido ao estado de degradação em que se encontra.

No interior as vigas de madeira no tecto, os mosaicos do chão e a recuperação completa do altar, entre outras melhorias, são fruto da recuperação a que foi sujeita.

Originais da velha igreja são as paredes forradas com azulejos de maçaroca do século XVII, o Arco Triunfal de volta inteira que separa a nave da Capela-Mór, as Abóbadas cilíndricas que se intersectam e se apoiam nos quatro cantos da Capela-Mór, importante e rara estrutura que se situa na transição do estilo Gótico para o Manuelino (séc. XV). O retábulo em madeira do séc. XVIII, embora a sua pintura seja recente, o Crucifixo de marfim indo-português (séc. XVIII), a imagem de Nossa Senhora da Nazaré em madeira estofada do séc. XVII, a imagem de um outro Santo que supostamente será S. Bento (séc. XV), a lanterna de latão do estilo barroco, a Pia de água Benta de pedra Manuelina entre outras alfaias de culto e traços arquitectónicos não deixam dúvidas quanto às suas origens.

Do lado esquerdo da nave situa-se a Capela Manuelina, uma pequena dependência que, segundo os dados que dispomos, fazia conjunto com outra Capela lateral mas que hoje já não existe. Para esta Capela entra-se por um amplo arco de pedra, de volta inteira incompleta, com molduras e rosetas espaçadas, descoberto durante as obras de restauro que pertence ao estilo Manuelino. A Abóbada da Capela é de tijolo com dois arcos que assentam em mísulas e nela estão expostas figuras de S. Sebastião, S. António e Nossa Senhora de Fátima.

Mais que interessante, talvez até algo mórbido, é a caveira que está colocada num pequeno nixo junto ao Altar-Mór e que ninguém sabe há quanto tempo existe. Durante a colocação dos esgotos em redor da igreja foram encontradas diversas ossadas anteriores a 1897, altura a partir da qual existe cemitério da Aldeia. Nessa altura já existia a referida caveira na igreja e por isso não se sabe se quer como foi ali parar. Lugar de culto e de mistérios, a Capela de Nossa Senhora da Nazaré de Landeira continua a acolher a missa semanal, casamentos, baptizados, comunhões, entre outras práticas religiosas importantes, é sem dúvida um bom motivo para não deixarmos desaparecer as nossas riquezas culturais.


Conteúdo Brevemente Disponível

Estabelecimentos de Ensino Nesta Freguesia

Forças de Segurança Nesta freguesia

Centro Ciência Viva de Estremoz

O Centro Ciência Viva de Estremoz ocupa o antigo convento de S. João da Penitência, mais conhecido por Convento das Maltezas. Classificado como Monumento Nacional, trata-se de um edifício quinhentista de estilo gótico-manuelino, cuja construção faz uso de materiais regionais, com destaque para o mármore de Estremoz.

O tema principal do Centro Ciência Viva de Estremoz é o funcionamento do nosso planeta, visto na perspetiva dos geólogos, dedicando uma especial atenção ao contexto geológico da região. O Centro tem uma parceria científica com a Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, através do Laboratório de Investigação de Rochas Industriais e Ornamentais e do Instituto de Ciências da Terra.

INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Morada:
Espaço Ciência, Convento das Maltezas
7100 - 513 Estremoz
GPS: 38.8428421021, -7.5855259895
(+351) 268 334 285

Horários:

10h00 - 18h00 (terça a domingo).
Encerra nos feriados.

Saber mais sobre Centro Ciência Viva de Estremoz

OS CIRCUITOS CIÊNCIA VIVA

Os Centros Ciência Viva integram um programa de turismo do conhecimento - os Circuitos Ciência Viva - que o desafia a explorar 18 destinos em Portugal com o que de mais único pode descobrir. Em família ou com amigos, são mais de 200 as etapas que revelamos contando histórias, explicando factos, fenómenos e despertando para novas perguntas.

Partindo de cada Centro Ciência Viva, estas viagens cruzam museus e monumentos, parques e reservas naturais, grutas e minas, ateliês e oficinas, experiências de aventura e paisagens singulares.

Durante um ano, com um cartão, um guia e uma app, pode visitar gratuitamente os 20 Centros Ciência Viva, as vezes que quiser, e usufruir de vantagens em mais de 200 parceiros de todo o país.

É um presente para a família explorar durante um ano, com o espírito curioso dos viajantes.

Saiba mais aqui sobre os Circuitos Ciência Viva

Sem ofertas disponíveis actualmente nesta freguesia.







Dados incorrectos?
Por favor, informe-nos.

LISTA DE ENTIDADES NESTA FREGUESIA

Temos milhares de entidades à sua disposição! pesquise por hoteis, empresas, escolas, institutos, associações, serviços de finanças entre outros.

Mostrar Resultados