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Freguesia de Serra d El-Rei

Freguesia de Serra d El-Rei - Municipio de Peniche

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A Vila de Serra D´El-Rei está situada no concelho de Peniche, diocese de Lisboa e distrito de Leiria. Localiza-se a 11km de Peniche e a cerca de 90km de Lisboa. Situada na Estremadura, é sede de freguesia e é servida por bons acessos rodoviários, sendo atravessada pela EN 114. A rede de transportes publicos é dinâmica e dela constam diversas ligações diárias.

A povoação de Serra DEl-Rei é uma das mais antigas e com maior tradição histórica do concelho, senão mesmo da região. Antes do século XV, era conhecida como “Serra da Pescaria” ou “Serra a par dAtouguia”, dada a sua proximidade do mar e da sede do concelho, que, na altura, era a vila de Atouguia da Baleia. O atual topónimo teve origem no afeto especial que, a partir de meados do século XIV, os reis portugueses lhe dedicaram, sobretudo D. Pedro I, que se dedicou a esta povoação com o ardor apaixonado da sua juventude. O povo local não esqueceu a proteção real e a importância das suas regalias e privilégios e, por agradecimento ou retribuição, começou a designar a terra que habitava da forma que lhe pareceu mais justa: Serra DEl-Rei.
A origem exata desta povoação é desconhecida, mas crê-se ter sido habitada por homens pré-históricos, como o atestam as grutas da Malgasta, da Lapa Furada, da Casa da Moura e da Cova da Moura. Antes da Nacionalidade, passaram por cá os Romanos, que fundaram um templo dedicado ao culto de Neptuno, deus dos Mares. Mais tarde, esse templo daria origem à atual Igreja de S. Sebastião. Por outro lado, existem as Cesaredas, cujo nome parece vir de César, o Imperador Romano. Segundo alguns estudiosos, parece ter existido aqui um convento de eremitas descalços, dedicado a S. Julião, e que, após a peste que assolou a região  no século XII, foi incorporado no Mosteiro de Alcobaça.
Mais tarde, foi terra muito estimada por D. Pedro I, D. Fernando e D. João I, que para cá vinham em lazer, em busca da diversão das caçadas e pescarias. Contudo, outros monarcas, como D. João III e D. Afonso V, foram atraídos por esta região, onde também se divertiam nos seus momentos de ócio, caçando e pescando com os seus fidalgos. Em 1393, realizaram-se aqui as Cortes, em que se assinaram as tréguas com Castela e o despacho de agravamentos especiais dos concelhos. Em 1455, D. Afonso V confirmou a posse de uma herdade contígua ao Paço, cuja renda se destinava ao sustento dos pavões.
Mais tarde, em meados do século XIX, no período das Lutas Liberais, Serra DEl-Rei foi palco de um episódio que levaria à implantação do Regime Liberal no País: - foi aqui que se acoitaram os soldados miguelistas, derrotados pelos liberais. Do passado, também ficaram registos dos privilégios reais concedidos aos habitantes de Serra DEl-Rei. Em 1360, talvez numa tentativa de fixar e atrair aqui a população, D. Pedro decreta que estes habitantes devam ser libertados de pagar impostos, ir “em hoste” e “em fossado”, ao mesmo tempo que lhes assegura a sua proteção, declarando que nada lhes deve ser tirado, sem ser por ordem real. Ainda neste ano, decreta que todos os habitantes da povoação, assim como todos os que quiserem vir para cá morar, possam ter acesso a géneros alimentares sem pagarem impostos, tal como os liberta dos impostos determinados pelos concelhos vizinhos (Óbidos e Lourinhã). Em 1405, D. Fernando reitera os privilégios anteriormente concedidos por D. Pedro I. No século XVIII, D. Maria I concede aos habitantes de Serra DEl-Rei uma certidão que atesta os privilégios estipulados pelos monarcas anteriores.

 

O presente da povoação é vivido com as memórias do passado e muita esperança no futuro. Serra D’El-Rei é uma terra simpática, onde se respira uma atmosfera mágica, inspirada pelas memórias do passado e lendas que se encontram dissociadas da sua identidade, da sua alma. É um lugar aprazível, onde apetece viver, onde se gosta de estar. Atualmente, parece que todas as pessoas estão preocupadas em alimentar o orgulho pelo passado, através da preservação das origens. Talvez por isso a vida cultural se encontre numa fase de renovação, caraterizada por uma procura pela identidade e pela afirmação, que alguns anos de inércia não conseguiram abafar.

Quando se fala em Serra D’El-Rei, solta-se a magia, tal como se de uma palavra mágica se tratasse, e o amor eterno de D. Pedro e D. Inês faz-nos acreditar que este é realmente um lugar especial, que faz parte integrante da cultura e história nacional. Tal como os avós ingleses contam aos netos os amores de Romeu e Julieta, tal como os franceses contam os de Tristão e Isolda, também os avós serranos (portugueses) contam, com orgulho, aos netos, a história de amor imortalizada por Camões, as peripécias de um D. Pedro apaixonado que tudo fazia por amor e que, por ter vivido aqui, abandona a imagem difusa que a Lenda lhe confere, se torna tão humano como qualquer um de nós.

 

 

 

 


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