Hospital construído no final do séc. 19 pela Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, para apoio às festas do Santuário, com planta retangular, desenvolvido à volta de um pátio central, aberto, e ampliado no séc. 20, com dois corpos retangulares na fachada posterior, um deles, disposto transversalmente. O corpo principal tem dois pisos, separados por friso, termina em platibanda plena e é rasgado regularmente por vãos retilíneos. A fachada principal divide-se em três panos, por pilastras, o central terminado em frontão triangular, com brasão nacional e inscrição no tímpano, sendo rasgada, no piso térreo por portais, o central maior, e, no segundo, por janelas de varandim, com guardas em ferro, de decoração fitomórfica. Os portais do piso térreo desta fachada e da lateral direita foram, no entanto, transformadas em janelas de peitoril, tal como as janelas de varandim da frontaria, ainda que mantenham as guardas em ferro. Os corpos adossados apresentam linguagem moderna, com dois, três ou quatro pisos, terminados em cornija de betão e rasgados por vãos retilíneos sem moldura e peitoril de cantaria, em alguns panos corridos sob grupos de vãos. No pátio interior integra a cisterna da antiga casa do reitor, de boca circular em cantaria e cobertura do mesmo material, com obras de melhoramento e colocação de betume, já documentadas em 1764 e 1768, respetivamente.
Planta composta pelo corpo principal retangular, desenvolvido à volta de um pátio central, descoberto, por um retangular adossado posteriormente, mais recente, e por um terceiro corpo, disposto perpendicularmente na fachada posterior. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de três e quatro águas, no edifício principal integrando duas trapeiras, terminadas em empena, viradas à frontaria. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, o corpo principal com soco de cantaria e terminada em friso, cornija e platibanda plena, rebocada e pintada. Fachada principal virada a E., de três panos definidos por pilastras, com dois pisos separados por cornija e com a platibanda do remate ritmada por acrotérios de cantaria, decoradas por almofadas de ângulos recortados. O pano central, mais estreito, termina em frontão triangular, contendo no tímpano brasão com as armas nacionais e inscrição. No piso térreo abrem-se três portais, de verga reta, o central maior, e com moldura almofadada e terminada em cornija, e os laterais, com moldura também terminada em cornija, mas adaptados a janelas de peitoril, com panos de peito em cantaria e com grades de ferro. No segundo piso abrem-se janelas de varandim, com guardas em ferro forjado, decoradas com motivos vegetalistas, e molduras terminadas em cornija. Os panos laterais apresentam esquema de fenestração semelhante, com dois eixos de vãos retilíneos, de molduras terminadas em cornija, correspondendo no piso térreo a portas transformadas em janelas de peitoril, e no segundo a janelas de varandim iguais às anteriores. Fachada lateral direita virada a N., com o corpo principal rasgado por eixos de janelas de peitoril retilíneas, uma do piso térreo mais larga e duas outras com correspondendo a antigas portas, possuindo pano de peito em alvenaria rebocada. O corpo adossado, correspondente ao serviço de urgências, surge mais recuado, rematado em cornija de betão e é rasgado, no piso térreo, por amplo portal, seccionado em três, e no piso superior por janela de peitoril, sem moldura. A N., este corpo apresenta soco em cantaria rusticada, com as juntas pintadas de branco, rasgadas por vãos retilíneos com peitoril de cantaria e sem moldura, as do lado direito mais estreitas e interligadas por peitoril corrido. A ala perpendicular adossada, zona de consultas externas, radiologia e fisioterapia, adapta-se ao declive do terreno, possui dois, três ou quatro pisos e corpo descentrado saliente, com pala de betão sobre o portal de acesso; tem soco em cantaria rusticada com as juntas pintadas e vãos retilíneos, com peitoril de cantaria, os do pano direito, mais largo, e com as janelas mais estreitas interligadas pelo peitoril de cantaria corrido. A fachada O. desta ala possui esquema semelhante, apresentando faixa pintada a azul escuro ao nível do terceiro piso. INTERIOR de espaço remodelado atendendo às exigências hospitalares modernas. Num pequeno pátio interior, com pavimento lajeado, conserva o primitivo poço-cisterna, de pedra, com boca circular, de paredes em cantaria e tampa de pedra, com orifício central quadrangular, encimada por armação de roldanas em ferro.
Materiais
Estrutura de alvenaria rebocada e pintada; placas e pala de betão; socos, molduras dos vãos, acrotérios e outros elementos em cantaria calcária; lápides de mármore; portas e caixilharia de madeira ou alumínio; vidros simples ou foscos; estores de plástico; guardas e grades em ferro forjado; cobertura de telha.
Observações