Arquitectura infraestrutural, maneirista. Chafariz com sistema piramidal, adelgaçando em altura e integrando-se no grupo de chafarizes públicos centrais, de coluna galbada, com duas taças sobrepostas e remate tipo coruchéu. Decoração maneirista patente na organização dos seus elementos decorativos.
Soco de planta circular formado por dois degraus, onde assenta tanque circular, no centro do qual sobre base prismática, moldurada, com almofadas decoradas, se eleva coluna galbada decorada por grotescos com taça também circular, ornada por seis bicas carrancas, repetindo-se o esquema no segundo troço da coluna e na segunda taça, esta apenas com quatro bicas em quatro cabeças de anjo. A partir desta, a coluna é decorativamente seccionada em duas partes: na primeira, de secção estriada, esfera armilar e quatro carrancas com respectivas bicas; na segunda, entre as asas abertas de duas águias, o escudo peninsular, assente numa cartela decorativa, com as armas de Portugal Antigo *1 tendo do lado oposto um escudo em forma de cartela, com as Armas Antigas de Guimarães, representadas pela imagem da Virgem Maria sustendo o Menino Jesus no braço sinistro, tendo à dextra uma oliveira arrancada. Remate tipo coruchéu com decoração vegetalista, encimado por esfera armilar e cruz, em metal.
Materiais
Estrutura de granito; gatos de união das pedras do tanque, esfera armilar e cruz do coroamento, de ferro; bicas carrancas, de cobre.
Observações
*1 - Os escudetes que se vêem foram cravados no escudo em pleno séc. 19, pois os primitivos haviam sido picados em 1809 (NÓBREGA 1981, P. 131); *2 - o tanque circular apresenta gatos de ferro a unir as pedras; *3 - apresenta algumas fracturas e áreas com descamação.