Arquitectura residencial, maneirista. Quinta.
De planta rectangular alongada, o edifício apresenta volumetria paralelepipédica, sendo a cobertura efectuada por telhado a 2 águas. O alçado principal (S.), desenvolve-se em 2 pisos (sendo o inferior, devido ao declive, parcialmente enterrado), separados por friso de cantaria, e 5 corpos, por pilastras. O piso nobre é animado pelo rasgamento de 13 janelas de sacada (ao ritmo 1+5+1+5+1), de emolduramento calcário, sendo a central e as extremas sobrepujadas de frontão e as restantes acusando apenas verga destacada. O edifício remata-se lateralmente por cunhais de cantaria e superiormente por cornija perfurada por gárgulas. Os alçados laterais (topos E. e O.) terminados em empena, apresentam 2 janelas morfologicamente idênticas às da fachada S., sendo visível um registo de azulejos figurando Santo António no alçado E. No interior, os principais compartimentos devem situar-se no andar nobre, ao longo do alçado principal (*1). O que resta do jardim (formal) desenvolve-se a N. da casa, reconhecendo-se ainda, no muro N., uma fonte revestida com azulejos reaproveitados.
Materiais
Cantaria de calcário e de mármore, alvenaria mista, reboco pintado, estuque, madeira
Observações
*1: também designado por Quinta da Cerca; *2: não é possível o acesso ao interior devido ao estado de conservação do edifício