Arquitectura militar, setecentista. Constitui uma das três baterias do Guincho para reforço da defesa da linha de costa compreendida entre o forte implantado na ponta daquele areal e o que se levantava no Cabo Raso, erguendo-se cada uma das baterias nos pontos mais vulneráveis. A bateria de Crismina protegia a praia e o surgidouro que se desenvolve nas suas proximidades e cruzava fogo com o Forte de São Brás de Sanxete. Tal como as outras baterias, possuía bateria de planta poligonal, de três faces desiguais, com os aquartelamentos e o paiol situados na retaguarda da mesma. A bateria de Crismina apresentava configuração semelhante à da Galé, embora o traçado da plataforma lajeada fosse distinto na forma como acompanhava e rematava a face do parapeito e de menores dimensões; dispunha de sete canhoneiras, três viradas a N., 3 a S. e 1 a O., servidas usualmente apenas por três bocas de fogo. Com a construção dos muros de gola, a bateria passou a apresentar uma planta poligonal, com seis lados de diferentes dimensões, integrando o seu interior o quartel e paiol.
A construção consiste num recinto murado, de planta hexagonal irregular, e apresenta-se destituída de cobertura. A edificação oferece 3 muros à linha de costa, extremamente arruinados, terão alojado as 3 peças de artilharia que dotavam esta bateria, acompanhados por pavimento lageado a calcário. O acesso processa-se por porta única, de verga curva, no muro E., virado ao interior. Adossados aos ângulos internos NE. e SE. reconhecem-se vestígios de 2 pequenas dependências rectangulares.
Materiais
Cantaria de calcário, alvenaria mista, reboco
Observações