Arquitectura residencial, medieval. Edifício de planta rectangular muito remodelado e actualmente de 3 pisos. O edifício sofreu possivelmente em determinada época uma ampliação de um piso. As soleiras salientes seriam uma cornija, remate superior da fachada em tudo igual á da Junta Distrital. Por outro lado as padieiras das aberturas do piso superior são lineares.
Edifício de planta rectangular e de três pisos, com volume simples e cobertura em telhado de quatro águas. A fachada principal virada a nascente possui junto à esquina uma escadaria de pedra exterior coberta por um arco. A porta ao nível do r/c é de meio dintel. As duas aberturas ao nível do 1º piso possuem arcos de querena e as três do 2º piso têm padieiras rectas e lineares. As soleiras das aberturas do 2ª piso são individualizadas e salientes relativamente ao plano da fachada enquanto as do piso inferior estão incluídas num friso contínuo ao longo da parede. A fachada lateral exposta a S. apresenta apenas janelas ao nível do 1º piso e do r/c algumas portas de padieira em arco. As do último piso, assim Edifi como as da fachada principal são de padieira simples.
Materiais
Paredes exteriores em alvenaria de granito aparente pelo lado exterior; Cobertura em telha de barro; Caixilharias de madeira pintadas; Guarda da escadaria exterior em granito; Guarda das portas em madeira pintada do tipo "gelosias".
Observações
*1 - DOF: Prédio contíguo ao Edifício da Junta Distrital. *2 - Existe a tradição de que esta terá sido a Casa dos pais de Diogo Cão e por isso ter aí nascido embora não haja qualquer prova documental. O imóvel pelos factos atrás referidos, nomeadamente alterações da volumetria, fenestração de caracterização diversa, dois incêndios que originaram sucessivas reconstruções e modificações, sugerem que estamos perante um imóvel profundamente desvirtuado relativamente à traça original quinhentista. Este imóvel ficava incluído pela Zona Especial de Protecção do Pelourinho de Vila Real (D.R., 2ª Série, nº 57 de 8.3.62).