Aglomerado proto-urbano. Povoado proto-histórico com ocupação romana. Povoado fortificado / castro circundado por três linhas de muralha e com construções habitacionais intramuros de planta circular.
Povoado fortificado circundado por três linhas de muralha que em alguns pontos se adossam à penedia, parecendo definir-se alguns tramos interiores radiais, e havendo, aparentemente, a NO. uma linha defensiva exterior na zona de mais fácil acesso. As muralhas que chegam a atingir uma espessura de cerca de 3 m, são construídas com silhares assentes em seco, em aparelho poligonal e irregular, constituídas por dois paramentos paralelos preenchidos interiormente com pedra miúda; possuem, na primeira e terceira linha defensiva entradas viradas, respectivamente, a NE. e E.. Nas plataformas inter-muralhas são visíveis alicerces de construções habitacionais de planta circular, construídas com silhares assentes em seco, em aparelho poligonal na face exterior e de mamposteria miúda na face interna. Existem ainda, no sopé da vertente N., três afloramentos graníticos com gravuras insculturadas formando complexos labirínticos de sulcos pouco profundos.
Materiais
Muralhas e construções em granito; cobertura das construções com tegula e imbrex.
Observações
*1 - O povoado encontra-se na linha divisória dos concelhos de Boticas, freguesia de Vilar e Viveiro, e Ribeira de Pena, freguesia de Canedo. *2 - O espólio da estação é constituído por fragmentos de cerâmica comum, da Idade do Ferro, cerâmica comum romana, tegula, imbrex, quatro estátuas de guerreiros e duas outras esculturas antropomórficas (pequenos bustos) em granito. Alguns lanços de muralha têm sido objecto de restauro, embora as muralhas sejam, no geral, discerníveis pelos taludes e amontoados de pedras.
