Palacete de planta em L e alçados de três pisos, integrando-se no espírito eclético romântico pelos elementos decorativos empregados no período neomanuelino como cordas, elementos naturalistas, esferas armilares, colunas torsas e arcos contracurvados. As temáticas empregues nos painéis de azulejo são alusivas aos Descobrimentos.
Casa de planta em L e alçados de quatro pisos. Volumes articulados e diferenciados em vários corpos com coberturas em telhado de três e quatro águas. No ângulo do L ergue-se com mais um piso um torreão de planta quadrangular e cobertura em telhado de quatro águas. Para S. voltado para o jardim uma varanda alpendrada apoiada em dois arcos em ogiva. Desta varanda prolonga-se uma escadaria de um único lanço. O interior da varanda é forrado a painéis de azulejo figurativos azuis e brancos. A contornar esta varanda uma guarda em pedra clara com altos relevos, entre os quais se destacam esferas armilares, cordas, esferas e etc. As restantes aberturas do palacete são rematadas por arcos de volta perfeita duplos, contracurvados e em ogiva.
Materiais
Paredes exteriores de alvenaria de granito rebocada; cobertura em estrutura de madeira revestida a telha de barro; pavimentos em soalho de madeira; caixilharias de madeira pintada; grades de ferro forjado; painéis de azulejo.
Observações
Esta casa nasceu junto à Est. de Carreiros, actual Av. Brasil e fazia a ligação entre a Foz e Matosinhos. Pela linguagem utilizada há quem atribua o desenho deste imóvel a José Teixeira Lopes. Este imóvel pela sua ocupação actual e estado de abandono é vulgarmente designada como a "casa do sapateiro da Foz". Foi mandada construir pelo Capitão de Artilharia Arthur Jorge Guimarães, republicano abastado, Presidente em 1918 da Comissão Municipal Administrativa da cidade do Porto.