Casa de honra quinhentista integrado na tipologia da chamada casa - torre de planta quadrada e ameada. Possui uma escada interior, inserida na espessura da parede. Vergas e ameias chanfradas com referências ao período manuelino. Gárgulas em forma de canhão na torre, elemento tipicamente medieval.
Planta composta em U, de dois pisos e integrando ao centro torre ameada de planta quadrangular. Constitui-se por diversos corpos associados, gerando volumes articulados e coberturas diferenciadas em telhados de quatro águas. Apenas a da torre, de dois pisos, é envolvida por uma platibanda rematada pelos merlões e em cada esquina uma gárgula em forma de canhão. Da fachada principal, orientada a N., destaca-se a torre com duas aberturas facetadas; na ala residencial apresenta a escadaria principal de um único lanço com o patamar coberto por um alpendre de três águas. No alinhamento da porta de acesso à torre, na parte superior entre os merlões, está suspenso um sino. Os restantes alçados do solar apresentam apenas janelas de guilhotina ou duas folhas sem molduras. Apenas o corpo a O., voltado para o terreiro de composição simétrica possui uma ondulação do telhado. Um espaço murado em frente à torre constitui um terreiro voltado sobre a paisagem. Na área junto á torre um pequeno jardim. Para E. do solar desenvolve-se um outro jardim com um pequeno lago desactivado.
Materiais
Paredes exteriores de alvenaria de granito aparente caiadas (excepto torre); cobertura com estrutura e madeira revestidas a telha de barro; pavimentos em soalho de madeira; caixilharias de madeira pintadas; grade da escada em ferro pintada.
Observações
Segundo Ernesto Domingues, quem fundou a Honra de Barbosa foi D. Sancho Nunes de Barboza, genro do D. Afonso Henriques, donde lhe veio a designação. Neste Solar nasceu o Pe. Mestre Frei Inácio de Azevedo, sobrinho - bisneto paterno do Beato Mártir Inácio de Azevedo. Camilo Castelo Branco nas suas "Cartas inéditas" deixa transparecer que a Honra de Barbosa foi vendida por Miguel de Barbosa ao Bispo do Porto D. João de Azevedo (1465 - 1595). Carlos Azevedo refere as "Inquirições de 1528" onde aparece Mem Moniz ligado á sua fundação.