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Capela de São Jorge

Capela de São Jorge

O ponto de interesse Capela de São Jorge encontra-se localizado na freguesia de União das freguesias de Santiago do Cacém no municipio de Santiago do Cacém e no distrito de Setúbal.

Arquitectura civil, ecléctica, tardoromântica, neogótica, neobarroca. Edifício exemplo da amálgama de influências que caracteriza a arquitectura regional na transição do séc. 19 para o 20, aglutinando os arcos ogivais e os vitrais de tradição goticizante com uma planimetria e uma composição dos alçados de feição classicizante, além de reminescências das artes decorativas barrocas, tudo isto integrado numa «pequena escala» de pendor monumental miniaturizado.

Planta longitudinal composta por nave e capela-mor, a que se adossa, do lado esquerdo, a sacristia e a escada de acesso ao púlpito e às torres sineiras, e, do lado direito, uma dependência e a escada de acesso ao coro alto. Volumes articulados. Coberturas diferenciadas para a nave, a capela-mor, a sacristia e a dependência, em telhado de duas águas, e para as torres sineiras, em coruchéu octogonal. Fachada principal orientada a E., de três panos definidos por pilastras e soco de embasamento pintado a óxido de ferro. O pano central é rasgado por portal ogival com moldura de argamassa, encimado por lápide sobrepujada por janelao ogival com caixilharia de ferro forjado que apresenta vestígios de vitrais, e rematado por cornija e gradeamento de ferro forjado, tendo ao centro a pedra de armas dos Condes de Avillez, em cantaria. Os panos laterais prolongam-se de modo a formarem as torres sineiras, com olhais em arco ogival, sobrepujadas por frontao rasgado por óculo semi-circular e coruchéu rematado por catavento. Alçado lateral N. de dois panos separados por pilastras, correspondendo o primeiro à torre sineira, de esquema idêntico à do alçado principal, e o segundo rasgado por duas pequenas janelas ogivais e rematado por beirado. Alçado O. de um pano, cego, rematado por empena triangular. Alçado lateral S. de esquema idêntico ao do alçado N. INTERIOR: nave única, a que se acede por dois degraus de cantaria. Cobertura em abóbada de berço quebrada revestida por composiçoes molduradas de estuques policromados e parcialmente dourados, que se prolongam pelas paredes, envolvendo todo a superfície visível. Espaço central pavimentado em soalho, separado dos corredores laterais, pavimentados com lages de pedra, por teia de madeira com balaustres torneados. De cada lado da porta principal existem vestígios de uma pia de água benta, de cantaria. Coro-alto em madeira, apoiado em mísulas e com balaustres de talha dourada e policromada. Do lado da Epístola rasga-se um arco ogival com pequena capela lateral com mesa de altar e nicho ogival, seguido por nicho envidraçado onde se conservava a imagem de Nossa Senhora das Dores. Do lado do Evangelho abre-se um arco ogival, idêntico ao que lhe fica fronteiro, seguido pelo púlpito. Acesso à capela-mor por arco triunfal ogival, assente em pilastras e emoldurado, ladeado por dois nichos ogivais e sobrepujado pelo brasão de armas dos condes de Avillez. Retábulo de talha dourada e policromada com camarim, a que se acede por dois degraus de cantaria. Do lado da Epístola rasga-se arco ogival de acesso à sacristia, sobrepujado por varandim. Do lado do Evangelho rasga-se um arco de esquema idêntico, sobrepujado por varandim.

Materiais

Paredes de alvenaria de pedra e cal, rebocadas e caiadas, cobertura em telha marselha, falsa abóbada com estrutura de madeira e encaniçado revestido de estuque, pias de água benta de cantaria, pavimentos de soalho, mosaico hidráulico e lages de pedra, ferros forjados, estuques policromados e dourados, talha dourada e policromada.

Observações