Arquitectura civil industrial, contemporânea. O modernismo arquitectónico destes edifícios fabris ressalta no controlo volumétrico e articulação das massas cúbicas, distribuídas classicamente segundo um eixo de simetria e na riqueza plástica: nas superfícies, nas linhas e no espaço que são aqui elementos expressivos da visualidade; na articulação do emprego do ferro em estruturas e equipamento industrial, na expressão plástica tendencialmente geometrizante, na construção com combinação do ferro com o betão, na sua linguagem funcionalista.
Conjunto de edifícios isolados, em espaço aberto, de planta longitudinal, rectangular, dispostos paralelamente uns aos outros, no sentido longitudinal; um edifício (edifício B) adossado a outro de maiores dimensões (edifício A), pelas fachadas E. - O.; plantas longitudinais, regulares, simples; edifício de planta regular, composta, de volumes articulados em U (edifício E), em disposição transversal a outro edifício (edifício F) (oficina de lustro); coincidência exterior / interior, e não coincidência, com desenvolvimento abaixo do nível do chão. Disposição das massas na horizontal; coberturas em telhado de 2 águas e em terraço no edifício (E). Fachadas rematadas em platibanda, empena de segmentos rectos e empenas lisas. CHAMINÉ de planta circular, com grande impulso vertical, junto ao edifício (Q). No geral dos edifícios, fachadas com grande número de vãos de janelas e de portas, em arco abatido, decorados a tijolo burro; vãos que em edifícios de 2 pisos se sobrepõem; janelas com pedra de peitoril; fachadas cegas, fachadas cegas com série de cachorros. Fachadas longitudinais orientadas a E. e a O., de vários panos divididos por molduras a toda a altura. PORTÃO DE ENTRADA a N. com acesso a PÁTIO PRINCIPAL de planta quadrangular, de 20 m de largo e 150 m de comprimento, envolvido por construções que o definem a E. e a O. (edifícios P, Q, A); PãTIO INTERIOR estreito, de planta longitudinal, definido entre 2 edifícios OFICINAS de pequenas dimensões (edifícios F, G), o CENTRO ENERGÉTICO (casa com caldeira a vapor) e as OFICINAS de tinturaria (edifícios O, R, S) e a fachada O. do edifício (A). Do lado oposto ao pátio principal (edifício P, Q), paralelo ao edifício (A) (oficina de urdiagem, fiação - penteado e cardado - e tecelagem, armazém de fio tratado), edificados em ferro e tijolo. Edifício (A), reconstruído em cimento (desnivelado 15 m, aproximadamente, em relação ao antigo edifício), adossado a edifício (B); fachada E. reforçada por pilastras que suportam largos arcos abatidos, com janelas envidraçadas com forma circular, em alguns deles; O. fachada cega; cobertura reforçada com duplo tecto, revestimento de fibra de cimento. Edifício da tinturaria reconstruído em tijolo, com vários vãos de janela e cobertura exterior em telhado, com parte deste desnivelado, com abertura a todo o comprimento.
Materiais
Alvenaria rebocada, betão armado, tijolo, ferro, madeira, vidro, zinco.
Observações