Aglomerado proto-urbano. Povoado proto-histórico. Povoado fortificado / castro, circundado por duas linhas de muralhas de planta elipsoidal e com construções habitacionais de planta circular. Fosso escavado no afloramento.
O povoado está defendido por duas linhas de muralha, definindo um recinto com um contorno elipsoidal, com uma extensão máxima de c. de 130 m (N. - S.) por 70 (E. - O.). As duas muralhas que conservam em alguns panos uma espessura de c. de 2,5 m e chegando a atingir c. de 3 m de altura, envolvem o ponto mais alto do monte, e prolongam-se de forma alongada e descendente para S., acompanhando o declive do terreno, unindo-se numa única linha de defesa a NE. Nesta zona, a de mais fácil acesso, que liga o esporão à restante encosta, a defesa está reforçada, de N. a NE por dois fossos escavados no afloramento, intercalados por um talude em terra, apresentando este um pano de muralha no seu coroamento. António Montalvão refere a existência de uma porta na muralha, a N., que não detectamos, se bem que os derrubes a que tem sido sujeita a muralha, pode ter ocasionado o seu ocultamento. Nas plataformas interiores existem construções habitacionais de planta circular.
Materiais
Granito
Observações
O espólio desta estação é constituído por fragmentos de cerâmica comum da Idade do Ferro, mós manuárias, fíbulas. António Montalvão refere a existência de espólio que poderá indiciar a romanização deste sítio, embora não tenhamos detectado qualquer vestígio que o testemunhasse, podendo, eventualmente, as referências ser atribuídas ao habitat romano que fica na sua base, na encosta virada a O; desconhece-se o paradeiro e a cronologia do eventual espólio numismático.