Ponte construída sobre três arcos, todos de diferentes tamanhos, o central maior, que terá substituído uma outra mais antiga, provavelmente medieval, e maior, já que em 1758 tinha cinco arcos. O facto de conservar ainda alguns silhares siglados, revela apreveitamento de parte da antiga estrutura.
Ponte em cantaria de granito, com as juntas cimentadas, de tabuleiro em cavalete assente em três arcos de volta perfeita, o central de maior amplitude, e os laterais mais pequenos, mas desiguais entre si. O aparelho dos paramentos revela os sucessivos arranjos, particularmente nas fiadas superiores, sendo, no geral, em aparelho regular, com algumas fiadas pseudo-isódomas, embora estas se registem exclusivamente nas fiadas inferiores. O intradorso dos arcos conservam duas fiadas sobrepostas de agulheiros para encaixe dos cimbros. Entre os arcos apresenta, a jusante, dois talha-mares, de contorno triangular, e, no lado oposto, a montante, talhantes quadrangulares. O tabuleiro tem pavimento regularizado, com lajes de cantaria, as dos extremos mais antigas, protegido por guarda plena, também de cantaria.
Materiais
Estrutura da ponte, lajes do pavimento e guardas em cantaria de granítico; juntas com cimento.
Observações
Segundo o relato do encomendado João Álvares, nas Memórias Paroquiais da freguesia, o rio Torto tinha o seu princípio numa fonte chamada da Venda, na serra de Montenegro, a 3,5 léguas de distância. A designação da freguesia advinha do próprio traçado do rio, o qual fazia muitas voltas e "torcicolos".